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Músicos vão poder regressar ao STOP, mas com condições

Músicos vão poder regressar ao STOP, mas com condições

Na passada sexta-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou que aceita que o STOP reabra mediante um conjunto de condições. A reabertura será excecional e temporária, sendo que, para que tal aconteça, ter-se-ão de verificar algumas medidas de segurança, até que a obra esteja concluída, previsivelmente, em outubro.

O anúncio aconteceu após uma reunião com duas associações representativas do espaço – Alma STOP e ACMSTOP – que, de acordo com Rui Moreira, e tal como cita o portal de notícias do Porto, “vieram falar connosco num espírito muito positivo, muito construtivo, em que nos explicaram, de facto, que tem uma aflição”, devido ao facto de o verão, em particular, ser uma altura de época alta para os músicos, com um maior volume de concertos. 

Nesse sentido, e num investimento municipal, irão ser implementados extintores e rede de incêndio armada, sendo também dada uma formação de luta aos incêndios a cada um dos músicos que ocupam o espaço.

Será, também, colocado no local um piquete de prevenção de bombeiros, sendo visível no espaço um carro de intervenção de bombeiros, de forma a prevenir eventuais incêndios.

Na reunião com as associações, foi também proposta uma redução de horário de atividade, com o intuito de baixar as probabilidades de risco. Dessa forma, o espaço estará aberto entre as 10h30 e as 22h30, na medida em que, de acordo com o portal de notícias da câmara, Rui Moreira constata que “não podemos ter um corpo de bombeiros mais de 12 horas (por razões laborais), nem os temos em número suficiente para garantir o funcionamento do espaço, as 24 horas”.

Para além disso, e com base na sugestão feita pelas associações, à qual a Câmara respondeu de forma positiva, as lojas da fachada não irão ter qualquer tipo de ruído, de forma a zelar pelo interesse comum.

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“Admitindo que o administrador do condomínio concorde com estas condições – não vemos como não pode concordar, já que estamos a permitir que o centro comercial possa continuar a funcionar – em 24 horas pomos o centro comercial a funcionar”, refere Rui Moreira, citado pelo portal de notícias da Câmara do Porto.

Sendo que nos últimos dias se tenha posto em causa a eventual compra do STOP por parte de entidades imobiliárias, Rui Moreira assegurou que, mesmo que esse interesse exista, “a Câmara Municipal do Porto não autoriza ali a construção de nenhum hotel”.

As novas medidas, ainda que temporárias, estarão em vigor até ao dia 8 de setembro, sendo que poderão ser prolongadas por mais 30 a 45 dias, derivado de questões processuais.

Independentemente do espaço de tempo em que o STOP continue a acolher os cerca de 500 músicos que utilizavam o local, a Câmara criará um campus, a Casa dos Músicos, que irá ter local na Escola Pires de Lima. Em termos de gestão do espaço, seja em termos de acesso ou partilha do mesmo, o Coliseu do Porto irá, juntamente com o Município do Porto, reunir esforços naquele que se pretende ser um projeto de promoção e divulgação da música.

Para as associações, o balanço da reunião é positivo. Segundo Bruno Costa, da Alma STOP, mantém-se a “esperança” e “convicção” de que irá ser feito um regresso definitivo ao STOP. Já para Rui Guerra, da ACMSTOP, a ideia tem pernas para andar. O músico, tal como cita o portal de notícias do município, considera “muito interessante juntar [os dois espaços] e fazer ali uma espécie de centro cultural, não só musical. Não era mau de todo juntar ali artistas de outras áreas e a Escola Pires de Lima, realmente, vai ser uma saída também para aumentar a comunidade artística, não só musical, como também nas artes visuais”.

Foto: Filipa Brito

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