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Museu Nacional de Soares dos Reis celebra 50 anos do 25 de Abril com “Liberdade e Transgressões”

Museu Nacional de Soares dos Reis celebra 50 anos do 25 de Abril com

O Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), situado no Porto, revelou, esta quinta-feira, que a sua programação para o ano de 2024 terá como tema central “Liberdade e Transgressões”. O destaque do alinhamento será uma exposição, dedicada ao Centro de Arte Contemporânea (CAC), com inauguração prevista para junho.

A fim de assinalar os 50 anos do 25 de abril, a exposição com curadoria de Miguel von Hafe Pérez vai “colocar em diálogo a obra artística com as fontes documentais, e tem como ponto de partida as obras adquiridas pelo MNSR, mas também toda a produção documental e gráfica da atividade do CAC, onde se incluem catálogos de exposição, cartazes, convites e registos fotográficos”, de acordo com o comunicado, citado pela Comunidade Cultura e Arte.

“O apoio do MNSR à contemporaneidade artística na cidade do Porto viu-se perpetuado no depósito de cerca de uma centena de obras, adquiridas no período de cinco anos de funcionamento do CAC, naquela que viria a ser a atual Fundação de Serralves”, recordou o museu.

Segundo um artigo de Inês Silvestre publicado em 2023 na revista MIDAS, o Centro de Arte Contemporânea funcionou entre 1976 e 1980, nas instalações do MNSR, desempenhando um papel fundamental na exposição e divulgação da arte contemporânea. Sob a direção do crítico Fernando Pernes, o CAC introduziu “não só novas linguagens artísticas, mas também novos modos de exibição”, colaborando ativamente com os artistas na organização das exposições.

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No mesmo documento são, destacadas exposições como as retrospetivas de Alberto Carneiro e de Ângelo de Sousa, em setembro de 1976, «para as quais este último solicitou um projeto de super 8 e Carneiro pediu “1.300 canas, 70 arrobas de palha e 70 metros de pano azul, areia e 300 fotocópias”» e, também, a polémica causada pela mostra “O Erotismo na Arte Moderna Portuguesa”, de Álvaro Lapa, em 1977.

Já Leonor de Oliveira escreve, no livro “Museu de Arte Contemporânea de Serralves: Os Antecedentes, 1974-1989”, que “se atualmente a crítica de arte está mais informada e mais aberta a novas propostas plásticas, algumas exposições em Serralves não deixaram de impressionar o público que as visita que, à semelhança do que acontecia no CAC, se vê confrontado com peças que desafiam a sua relação com a arte. Podemos então admitir […] que o CAC de Fernando Pernes e Etheline Rosas abriu a porta à ousadia e inquietação no espaço museológico em Portugal”.

Ainda de acordo com a notícia avançada pela Comunidade Cultura e Arte, o calendário do MNSR para o primeiro semestre de 2024 inclui, também, as exposições temporárias “Teresa Gonçalves Lobo e Domingos António de Sequeira: um diálogo no tempo”, com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida, “O azul de safra na cerâmica de Miragaia” e uma mostra de José Zagalo Ilharco, entre outras iniciativas que visam enriquecer a oferta cultural da Invicta.

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