O Museu do FC Porto vai promover este domingo a primeira “Rota do Dragão”, um percurso pela cidade, orientado pelo historiador Joel Cleto, que visa mostrar a ligação do dragão à Invicta. Segundo recordou o arqueólogo, “o dragão é um símbolo do FC Porto, mas já antes se encontravam várias representações na cidade”. Nestes roteiros, os participantes terão a oportunidade de visitar monumentos, estátuas e gradeamentos nos quais é possível encontrar aquela figura.
De acordo com Cleto, em 1837, o Porto fez uma revisão ao seu brasão, que passou a incluir o dragão, num agradecimento de D. Pedro IV e da família real à cidade pela forma como resistiu ao cerco de D. Miguel I, que durou um ano. “É um feito um pouco esquecido, mas crucial”, defendeu o historiador, acrescentando que, a partir de 1940, António de Oliveira Salazar, na altura presidente do Conselho, mandou retirar a coroa e o dragão do brasão da cidade. Contudo, várias instituições decidiram não acatar a ordem, entre elas o FC Porto, os Bombeiros Portuenses e a Associação Comercial do Porto.
A primeira “Rota do Dragão”, marcada para domingo, arrancará às 10h00, com início e término na Praça da Liberdade, junto à estátua equestre do rei Pedro IV. A iniciativa, de participação livre, repetir-se-á a 30 de agosto e 27 de setembro.