A autarquia de Matosinhos vai criar um Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa, que ficará instalado na futura Rua dos Museus, e que deverá estar concluído apenas no próximo ano, em 2017.
Depois de uma visita, que contou com a presença do ministro da Cultura, João Soares, a alguns espaços da cidade de Matosinhos, o presidente do município, Guilherme Pinto, afirmou que o projeto do novo Museu está a cargo de Isabel Pires de Lima, antiga ministra da Cultura, e que está orçado em cerca de dois milhões de euros.
Na visita à cidade de Matosinhos, João Soares percorreu alguns espaços que representam a cultura do município, incluindo as futuras instalações da Casa da Arquitetura na antiga fábrica da Real Vinícola, mostrando-se “feliz e honrado” pela existência dos projetos.
O ministro afirmou que o Governo irá apoiar os projetos da autarquia, no entanto salientou que “há muitas maneiras de apoiar”, sublinhando que o executivo irá fazer aquilo que for possível, mas para não se esperar “que sejamos [Ministério] capazes de fazer milagres no plano financeiro”.
O ministro da Cultura fez questão de relembrar que o anúncio da criação do novo Museu foi feito no momento em que a cidade brasileira de São Paulo perdeu o seu Museu da Língua Portuguesa, depois de um incêndio de grandes proporções o ter atingido e, portanto, essas iniciativas são sempre encaradas com satisfação.
“O que importa afirmar aqui é a vontade firme da autarquia de Matosinhos, numa lógica de afirmação dos valores de qualidade que têm caracterizado a sua intervenção, e a vontade do Governo português, que aqui represento, mas com mandato do senhor primeiro ministro, para dar o apoio possível para estes projetos”, declarou João Soares.
Na verdade, o próximo ano será um ano marcado por projetos culturais na cidade, com as esperadas inaugurações da nova Casa da Arquitetura, a Casa do Design e, agora, a do Museu da Diáspora, que o ministro da cultura considerou como “qualquer coisa que vai dar muita honra não apenas a Matosinhos nem só à Área Metropolitana do Porto, mas ao país inteiro”.
Também o autarca Guilherme Pinto sublinhou que os projetos que agora estão em andamento “são três elementos que só fazem sentido em Matosinhos se tiverem dimensão nacional”.
Texto: Raquel Andrade Bastos
