Responsáveis da área do Turismo dos municípios de Matosinhos, Porto, Viana do Castelo, Vila do Conde, Maia, Vila Nova de Cerveira, Póvoa de Varzim, Esposende, Caminha e Valença estiveram esta quinta-feira reunidos, na Câmara de Matosinhos, para discutir o projeto de promoção dos Caminhos de Santiago, em particular, o Caminho Português da Costa. Em comunicado enviado às redações, a autarquia matosinhense recordou que “não se pode falar, em rigor, de um único caminho” de peregrinação até Santiago de Compostela, já que os Caminhos Portugueses se estruturavam “com base numa rede de caminhos e estradas de norte a sul do país em que alguns troços se assumem como eixos principais”. O Caminho Português da Costa, um itinerário costeiro que liga o Porto a outros concelhos do litoral, com a alternativa de fazer a passagem à Galiza através do rio Minho em La Guardia (frente a Caminha), Goian (através de Vila Nova de Cerveira) ou mesmo em Tui por Valença do Minho, era um dos eixos mais importantes.
A promoção deste itinerário e, de certa forma, a revitalização do Caminho Português da Costa, surge na sequência de um protocolo assinado em 2011 pelos dez municípios referidos. Assim, a manhã de trabalho realizada na autarquia de Matosinhos incluiu a apresentação de um site sobre o percurso, que deverá estar online em breve, de um ficheiro de Google Earth com a identificação do itinerário em cada município e ainda a delineação de prazos e formas harmonizadas de efetuar a sinalização dos traçados em cada concelho.
De sublinhar também que, no âmbito do acordo firmado, os municípios ficarão responsáveis pela execução de determinadas ações locais, nomeadamente a “divulgação histórica do Caminho Português da Costa no seu território, o levantamento, reconhecimento, definição, limpeza, sinalização e manutenção do(s) percurso(s) que integram o seu concelho, a criação de espaços de apoio ao peregrino, como albergues ou pontos de descanso, a construção ou restauro de passadiços, barcas de passagem e intervenções em imóveis de interesse cultural e a criação de pontos de assistência, centros de documentação e de certificação de passagem do peregrino”.
