A proposta do presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, foi feita reunião do CmP daa passada sexta-feira, no âmbito da discussão do plano de reestruturação do setor da água, que os autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP) consideram prejudicar a região. O plano será discutido esta terça-feira na reunião que o CmP vai ter com o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.
De acordo com o presidente do CmP, Hermínio Loureiro, sendo a AdDP uma empresa rentável e bem gerida, esta proposta é uma inversão dos papeis, “em vez de ser a AdP a comprar a posição dos municípios, podem ser os municípios a comprarem essa mesma posição, pelo mesmo preço, naturalmente”, afirmou.
A operação está avaliada em 9,8 milhões de euros, de acordo com estudos já feitos e referidos pelo presidente da Câmara da Maia.
Para o CmP, a “excelente gestão” da AdDP devia ser replicada ao contrário da proposta do Governo, que pretende “juntar um bom modelo a outros modelos, com uma gestão diferente e que é deficitária”.
O CmP já se tinha manifestado contra o plano do Governo, que prevê a fusão das atuais 19 concessionárias da AdP em apenas cinco. O objetivo é que esta fusão permita atenuar a diferença tarifária atualmente existente para uma banda tarifária de 11% em 2019.
Atualmente, a diferença entre tarifas cobradas aos sistemas do interior e do litoral chega a ser o triplo, em alguns casos.
O autarca da Maia recordou ainda que a concessão da AdDP é por 30 anos e que apenas faltam 12 anos “para que o seu património passe para as mãos dos municípios associados”, o que não acontecerá se o plano do Governo avançar.
