Matosinhos é o primeiro município em Portugal a ser distinguido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “Resilient Hub”, no âmbito da campanha “Construindo Cidades Resilientes 2030”.
De acordo com a representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Redução do Risco de Catástrofes, Mami Mizutori, para este reconhecimento contribuíram vários fatores, entre os quais a estratégia de 10 anos “Zero Incêndios”.
No ano passado Matosinhos registou um total de 24 incêndios florestais, menos 84 do que os registados em 2015.
O projeto “Matosinhos Casa Segura”, implementado no ano passado pela autarquia e que ensina, através de simulações, como lidar com riscos de incêndio nas rotinas diárias, foi também tido em conta.
Simultaneamente, para esta atribuição destacam-se ainda as mais de três mil campanhas de sensibilização nesta matéria, entre 2009 e 2019.
A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, confessou acreditar no “poder do apoio positivo e na valorização da prevenção, da autoproteção e da resiliência da população.”
Por sua vez, Mami Mizutori admitiu que os esforços de Matosinhos e de Potezan, província italiana, também reconhecida, “são uma inspiração” e acrescentou que “os líderes mundiais deveriam repensar a maneira como previnem e administram os desastres naturais e necessitam de reconhecer que reduzir riscos é um investimento, não um custo”.
O anúncio decorreu esta terça-feira, dia 24, durante um encontro da delegação da ONU para Redução do Risco de Desastres, na Indonésia, na qual marcaram presença a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e a vereadora da Proteção Civil da autarquia, Marta Pontes.
De referir que o município de Matosinhos frisou estar empenhado em partilhar a sua experiência com as restantes “Cidades Resilientes 2030”, estando já a colaborar com cidades no Brasil e também com Díli, capital de Timor-Leste.
