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Mulheres estão a ser “mais afetadas” pela pandemia

Mulheres estão a ser

A pandemia de Covid-19 teve um impacto desproporcional entre homens e mulheres, sendo que estas saem mais prejudicadas, disse a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Esta é uma das conclusões preliminares do estudo elaborado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) para a Presidência Portuguesa sobre a igualdade de género e os impactos socioeconómicos da Covid-19, apresentado esta sexta-feira no seminário internacional a “Igualdade de género como fator de recuperação”.

“O estudo concluiu que o impacto da pandemia é distinto nas mulheres e nos homens. É distinto no emprego, por exemplo, nas horas trabalhadas, e isso tem repercussão nos salários e mais tarde nas pensões”, adiantou Mariana Vieira da Silva à RTP, segundo o Notícias ao Minuto.

As mulheres já tinham “maior peso nas tarefas em casa” e no apoio a crianças e idosos, e durante a pandemia “voltam a ver crescer a sua parte de trabalho doméstico”.

A perda de emprego afetou, na primeira vaga da doença, mulheres e homens, mas a recuperação de trabalho foi mais fácil para eles do que para elas.

O estudo salienta a necessidade de colmatar as desigualdades entre homens e mulheres, por exemplo, na área das qualificações: “Num mundo onde o trabalho digital é cada ver maior, e com uma transformação abrupta ao longo deste ano”, torna-se também premente “capacitar as mulheres nestas áreas”.

“Se temos áreas em que apenas 20% são mulheres, como em algumas áreas tecnológicas, estamos a ditar uma desigualdade no futuro em termos de acessos a determinados tipos de trabalho ou lugares de decisão nessas áreas. Se o futuro será mais nessas áreas, temos de corrigir desde já essas desigualdades”, alerta a ministra, citada pela TSF.

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Para Mariana Vieira da Silva, “é preciso definir uma estratégia para corrigir este tipo de desigualdades. Sabemos que uma crise não dura apenas o tempo que dura, a crise fica na vida das pessoas”, acrescentou.

A apresentação da versão final do estudo do Instituto Europeu para a Igualdade de Género sobre o impacto socioeconómicos da pandemia na vida das mulheres portuguesas está agendada para junho.

De referir que, segundo um estudo divulgado esta semana pela CGTP, as mulheres portuguesas trabalham em cada dia útil mais uma hora e 13 minutos do que os homens, entre trabalho pago e não pago, continuando a ter maior dificuldade em conciliar a profissão com a vida familiar e pessoal.

Segundo a análise, feita com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Eurostat, 78% das mulheres trabalhadoras fazem pelo menos uma hora de trabalho doméstico por dia, enquanto apenas 19% dos homens o fazem.

De acordo com o documento, quase 40% das mulheres já interrompeu a carreira para cuidar de filhos, enquanto apenas 8% dos homens o fez.

Cerca de 17% das mulheres são cuidadoras informais, tendo abdicado, total ou parcialmente, a título temporário ou definitivo, do pleno envolvimento no trabalho remunerado para prestar assistência a cônjuge, pais, filhos, ou outros familiares em condição de fragilidade ou de dependência. Apenas 9% dos homens são cuidadores informais.

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