O candidato independente à presidência da Câmara do Porto Rui Moreira apresentou esta segunda-feira o seu manifesto eleitoral, assegurando que é possível concretizá-lo com “contas à moda do Porto”. Durante um discurso de cerca de uma hora, no mesmo local onde, em março, anunciou a sua candidatura – no Mercado Ferreira Borges – sustentou ainda que “uma candidatura que sabe que vai perder pode propor tudo”. “Nós não podemos”, defendeu.
A organização da câmara foi um dos temas referidos pelo independente, que adiantou que a pasta da Economia ficará a ser da sua responsabilidade e que a Cultura voltará a ter pelouro próprio na autarquia. Rui Moreira, candidato apoiado pelo CDS-PP, mencionou também que todas as suas propostas são possíveis de executar mantendo as “contas à moda do Porto”, património construído nos últimos 12 anos de executivo camarário que se recusa a desbaratar. “Não podemos tolerar que quem desgovernou municípios que hoje são obrigados a ter quase um segundo acordo com a ‘troika’, a cobrar o IMI pela taxa máxima, a cobrar a água a um preço muito superior à do Porto, (…) cheguem aqui e digam que no Porto vão baixar os impostos, mas ao mesmo tempo vão fazer túneis, pontes, rotundas quadradas, Luna Park, Central Park e tudo mais”, criticou.
Em relação às propostas concretas para a cidade, o independente centrou-se nos três eixos principais da sua candidatura: coesão social, economia e emprego e cultura e desenvolvimento. Na área da coesão social, Moreira quer constituir o Conselho Municipal de Solidariedade e criar um Fundo de Solidariedade, com o valor mínimo de dois milhões de euros por ano, para auxílio imediato às famílias mais vulneráveis. Depois, no setor da Economia e Emprego, destacou a construção do Centro de Congressos do Porto, fazendo uma revisão do projeto já existente e defendendo a preservação dos jardins. Na Cultura, entre outras propostas, o candidato promete que o Rivoli voltará a ser um teatro municipal.
Moreira diz que pode concretizar propostas com “contas à moda do Porto”
“Uma candidatura que sabe que vai perder pode propor tudo. Nós não podemos”, afirmou o independente.