O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta terça-feira que a futura concessão da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) deve de ser acompanhada de regulação paga pelo Estado. “É uma fonte de preocupação. No modelo de concessão, principalmente de transportes rodoviários, a regulação é uma questão fundamental. Para nós, só pode haver concessão se houver regulação”, sublinhou, no final da reunião privada do executivo. O autarca independente realçou ainda a necessidade de os municípios decidirem se preferem a STCP a operar apenas no Porto ou a manter a “atual esfera de influência”, que inclui alguns concelhos vizinhos. “Isso ficou nas mãos dos municípios. Agora é preciso algum consenso metropolitano. Se não formos nós a encontrar uma solução, a solução vai-nos entrar um dia pela porta e ficaremos depois a chorar sobre o leite derramado”, alertou. Apesar de afirmar que não tem preferências, Moreira avisou que “se a STCP tiver de funcionar apenas no Porto, precisamos de uma solução intermodal”. “De outra forma, teríamos todos os movimentos pendulares, com camionetas e autocarros, a invadir a cidade rumo ao seu centro. Isso teria consequências terríveis para a mobilidade e também para a STCP, que deixaria de poder operar à mesma velocidade”, notou.
