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Moreira avisa que não travará despejo de famílias que usem casas para tráfico de droga

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Quarenta e uma famílias da zona de Lordelo foram notificadas da intenção de despejo.

O presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, assegurou esta terça-feira, na reunião pública do executivo, que não pretende travar os despejos das famílias que utilizem casas municipais para traficar droga, garantindo estar focado em impedir que os bairros se transformem em favelas onde “a impunidade é que vale”.
“Sempre que tivermos provas fundamentadas, iremos atuar desta forma. É isto que protege as outras pessoas, que têm os automóveis danificados permanentemente e ruído permanente durante a noite. Algumas vivem sitiadas no próprio bairro. Qual o exemplo dado às outras famílias e às outras crianças? Que a impunidade é que vale, que a informalidade é que manda? Isso é o que acontece nas favelas no Brasil e não vamos deixar que isso aconteça”, assegurou. O autarca independente comentava, assim, a situação das 41 famílias da zona de Lordelo do Ouro que foram notificadas da intenção de despejo pelo facto de existirem, segundo a autarquia, provas de terem usado casas municipais para tráfico de droga. “Temos 30 mil pessoas a viver em 13 mil casas em bairros. Essas pessoas vivem tranquilamente a não ser quando perturbadas por estas situações. Estas pessoas têm as noites transformadas num inferno. O tráfico não é um problema social nem de saúde pública. É um crime organizado que dá milhões”, sublinhou.
De acordo com o vereador da Habitação, Manuel Pizarro, nos últimos meses, “foram apreendidos 5,5 quilos de heroína e cocaína” nos bairros em causa, todos eles em Lordelo do Ouro, nomeadamente Pasteleira, Pasteleira Nova, Aleixo, Pinheiro Torres, Mouteira, Bessa Leite, Condominhas, Rainha D. Leonor e Lordelo. “Trata-se de criminalidade de alto nível que mantém as outras famílias sob um estado de terror”, defendeu. De recordar que, no passado dia 8, em declarações à Lusa, Pizarro adiantou que, numa das 41 residências, a polícia “apreendeu quase 12 mil euros em dinheiro, sem dúvida associado ao tráfico de droga”. O responsável garantiu que as famílias notificadas tiveram direito a advogado e a contestarem administrativamente o processo. Neste momento – esclareceu – o município está a analisar as contestações para ver “quais as ordens de despejo que vão ser processadas”. “Quando isso acontecer, as pessoas terão 60 dias para abandonar a casa, o que corresponde a uma ampla oportunidade para recorrerem aos meios judiciais”, acrescentou.

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