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Moradores e Assembleia Municipal contestam aumentos do IHRU

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“Existem casos de aumentos de renda bastante violentos e que chegam a atingir os 1.000%”, afirmou o líder da comissão de protesto, António Pereira.

Quase cem moradores de bairros sociais do Porto manifestaram-se, esta segunda-feira, em frente ao edifício do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) contra “os aumentos abruptos das rendas e contra a falta de condições nas casas”. À noite, foi a vez de a Assembleia Municipal mostrar o seu desagrado em relação ao tema. Durante o dia, os moradores entregaram uma moção a exigir que “as rendas sejam adequadas aos rendimentos das famílias, que sejam aplicadas de forma gradual e ainda que sejam concretizadas as obras de melhoramento das habitações”. De acordo com o líder da comissão de protesto, António Pereira, “existem casos de aumentos de renda bastante violentos e que chegam a atingir os 1.000%”. “Em meia dúzia de meses os aumentos atingem valores incomportáveis. Existem pessoas que tinham rendas de 28 euros e passaram para 315. Não há adjetivo para qualificar o que o IHRU está a fazer”, lamentou o morador do bairro de Ramalde do Meio, no Porto. António Pereira informou ainda que os moradores receberam “uma notificação a garantir que serão feitas obras em alguns bairros da cidade”. Ainda assim, sustentou, “não é apenas isso” que estão a exigir. “Já nos informaram que, numa primeira fase, serão feitas obras nos bairros de Paranhos, Ramalde do Meio e Amial. Mas não é só obras que nós queremos. A nossa luta agora é para que não aumentem as rendas da forma como pretendem”, referiu.
O IHRU afirmou, entretanto, que a atualização das rendas nos bairros do Porto “será faseada em três anos”, e que, em 238 das 1.262 habitações em causa, corresponde a uma descida de valores. O responsável da comissão de protesto assegurou que nada lhes foi comunicado. “Não nos foi informado nada sobre essa questão das descidas de valores. Mas a ser verdade, teremos que ver a quem vão baixar. Teremos que ver os critérios que vão utilizar também para a atribuição dessas descidas”, concluiu.
Por sua vez, a Assembleia Municipal do Porto aprovou ontem à noite uma proposta da CDU contra o “brutal aumento” das rendas de habitação social do Estado, defendendo a sua atualização faseada e só aplicável depois da realização de obras de requalificação.

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