A exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, propriedade do Estado português, é inaugurada esta sexta-feira na Casa de Serralves, no Porto, e estará aberta ao público em geral entre este sábado e até ao dia 28 de janeiro do próximo ano.
O comissariado do conjunto de 85 obras do pintor catalão está entregue a Robert Lubar Messeri, especialista a nível mundial na obra de Miro. O projeto expositivo é do arquiteto portuense Álvaro Siza Vieira.
Esta mostra, que tem estado envolta de alguma polémica, abarca um período de seis décadas do percurso de Joan Miró, mais precisamente de 1924 a 1981.
As obras presentes na exposição debruçam-se, de forma particular, sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver no início dos anos 20, abordando as metamorfoses artísticas nos campos do desenho, da pintura, da colagem e de trabalhos de tapeçaria. 
Na mostra poderá observar-se vários “desenhos e outras obras sobre papel, pinturas (com suportes distintos)”, além de seis tapeçarias de 1973, uma escultura, colagens, uma obra da série “Telas queimadas” e várias pinturas murais.
Sobre as obras do pintor catalão que pertenciam ao antigo Banco Português de Negócios (BPN), a diretora do Museu de Serralves, Suzanne Cotter, disse significarem “ imenso em diferentes níveis de herança artística e em termos do lugar da arte na sociedade”.
A responsável acrescentou que “estamos muito felizes por podermos permitir ao público um maior conhecimento de Joan Miró, através daquela que será uma apresentação cativante e única desta coleção singular”.
A exposição, que percorre o rés-do-chão e o primeiro andar da Casa de Serralves, ainda não tem local definido de instalação após janeiro de 2017.
Ao longo destes meses de exposição, haverá lugar para várias iniciativas relacionadas com a obra do artista catalão, falecido em Palma de Maiorca em 1983.
Já este sábado, pelas 18h, terá lugar uma conferência com o comissário da exposição, Robert Lubar Messeri. No dia 15 de outubro, às 15h30, haverá uma visita orientada em língua gestual e, no dia 23, uma visita-oficina, dedicada às famílias. 
Em novembro, no dia 19, está marcada uma conversa com Ana Paula Machado, conservadora do Museu Nacional Soares dos Reis. No dia 27 desse mês haverá uma oficina no âmbito da exposição, dirigida pelos educadores do Museu.
Para dezembro estão reservados um espetáculo, no dia 10, e uma oficina, no dia a seguir.
Para terminar, no dia 8 de janeiro haverá uma visita-oficina também dedicada às famílias.
