
“Já abordei com o Ministério das Finanças que nós faríamos uma exposição pública desse acervo de Miró, que pertencia ao BPN, para que se possa fazer uma inventariação e depois uma avaliação e para que ele passe a pertencer ao acervo dos museus portugueses”, afirmou João Soares.
O ministro da Cultura sublinhou que seria “muito interessante, embora sem nenhuma espécie de data marcada, que, para o ano, a primeira exposição pública deste acervo do Miró [fosse] feita em Serralves”.
Questionado sobre os cortes orçamentais que instituições como Serralves sofreram nos últimos anos, o ministro realçou que a reunião com Luís Braga da Cruz, que termina as suas funções no Conselho de Administração da fundação no final deste mês, foi “quase só de cortesia”.
A polémica em torno das obras de Miró começou em janeiro de 2014, quando um movimento de artistas e curadores defendeu, numa petição pública, a manutenção das 85 obras de arte em Portugal, chegando a receber mais de 10 mil assinaturas.
Um mês antes, o leilão das obras tinha sido anunciado pelas empresas de capitais públicos proprietárias, a Parvalorem e a Parups, criadas em 2010 pelo Estado para gerir os ativos e recuperar os créditos do ex-BPN, nacionalizado em 2008.