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Mindfulness

Mindfulness

Qual o sentido da Vida?

Muito se tem falado de Mindfulness. Tendo como base o retiro que se realizou na passada sexta-feira, 30 de março, na Póvoa do Varzim, com o mestre Tulku Lobsang, procuramos entender melhor esta maneira de encarar a vida.

O Mindfulness refere-se a uma técnica que treina a nossa mente, com o objetivo que esta se foque no que é essencial e nas fases de desenvolvimento do pensamento.

É, com efeito, uma competência difícil de adquirir, mas quando treinada, permite uma sensação de bem-estar e ligação com o mundo. São noções, mas a curiosidade mantêm-se, daí a pequena conversa com Sílvia Mota, organizadora de eventos como retiros, meditações, consultas de medicina tibetana e demonstrações de yoga tibetano em várias cidades nacionais.

Sílvia promove este tipo de eventos com o objetivo de passar a sabedoria e filosofia budista e é também certificada pela Nangten Menlang Internacional em Mindfulness com aprovação de Tulku Lobsang.

Em que consiste o Mindfulness?

É uma técnica, uma prática, muito em voga atualmente, e que nasceu no oriente, apesar de neste momento ter grandes adaptações para o ocidente.

Foi uma prática que nasceu precisamente como ferramenta de auxílio para auto-conhecimento. Uma forma de nos conhecermos verdadeiramente. No fundo, somos seres com sabedoria, onde esta acaba por estar bastante camuflada por padrões culturais que vêm sendo enraizados e acabam por ser incutidos por muito do que vem do exterior, dificultando aquilo que somos verdadeiramente.

O Mindfulness é uma prática que acaba por ter algumas técnicas de meditação associadas, o que nos permite na era em que cada vez mais a rotina diária é de tal forma acelerada, entre trabalho, casa, trânsito, mil e uma atividades e tarefas por fazer, estar focados no aqui, no agora, em que isso nos traz uma consciência plena de tudo aquilo que fazemos, como fazemos e qual o motivo para o fazermos.

É como estarmos aqui e não pensarmos naquilo que já passou. Porque já fizemos. E também não estarmos a projetar e a gastar energia naquilo que ainda virá. A única coisa que enquanto seres humanos temos a certeza é do momento de agora.

O que passou é passado, devemos aprender com ele, mas não ficar agarrado a essa fase já ultrapassada. Aprender o que temos a aprender. Mas acima de tudo, reforço, é o agora.

Todos nós somos capazes de aplicar o Mindfulness?

Sem dúvida. Se há capacidade que todo o ser humano tem, é de introspeção. Saber exatamente aquilo que quer da vida. Os níveis de superação e eficácia que o ser humano consegue, quando atinge esses níveis de concentração.

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Reitero: todos nós somos capazes de o fazer, até porque não depende do exterior mas sim e apenas de nós próprios.

mindf6E é também uma forma de travar uma das grandes enfermidades do século XXI: a ansiedade…

Mesmo! Porque, no fundo, a prática do Mindfulness, associada com a meditação, é uma forma de cada um acalmar a mente. Tentar relaxar o máximo possível. E quando nos focamos é o aqui e o agora. Não está com distrações com o que está a nossa volta. Tudo o resto deixa de ser problema.

A frequência certa, a sintonia, depois de encontrada permite a verdadeira ‘atenção plena’…

É verdade (risos).

Outra curiosidade: em que consiste a Medicina Tibetana Tântrica?

Medicina tibetana, na sua generalidade é a percepção do ser humano como um todo. Nós somos o corpo, nós somos o espírito e somos o ser que está em constante interligação com tudo à nossa volta. Não somos só o interior nem o exterior. Somos uma combinação de tudo isso.

A medicina tibetana dá-nos ferramentas, como práticas a aplicar no dia a dia, de forma a encontrar um equilíbrio.

A especificidade do tantra no budismo tem várias vertentes para se conseguir chegar a essa sabedoria, conhecimento interior, esse estado de iluminação, quando o conseguimos de facto. O corpo como veículo para alcançar essa paz de espírito, essa paz mental.

No tantra, usamos muito práticas de yoga, com o movimento do corpo para atingir a mente.

As nossas pernas são o elemento ar, elemento dinâmico que cria ação. Ao criar ação ele vai despertar o fogo que é o elemento do tronco. O fogo, por sua vez, ao ser acionado vai fazer que o elemento água, que é da nossa cabeça, acabe por derreter.

Por isso é que sempre que fazemos exercício físico, algum tipo de prática, sentimo-nos mais leves. Porque ao trabalhar o corpo, todos os canais energéticos, a mente automaticamente acalma.

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