O tema da sustentabilidade tem sido cada vez mais uma prioridade da população mundial e em especial dos jovens. Em Portugal não é exceção e 90% dos jovens portugueses inquiridos estão dispostos a alterar os hábitos de consumo para reduzir a pegada de carbono.
Observando as diferenças entre gerações, os millennials estão mais envolvidos com a sustentabilidade do que a geração Z, que se preocupa mais com a igualdade de género, diversidade e inclusão como pilares para um futuro melhor.
Estes são apenas alguns dos dados do inquérito Merck «Sustentável ou nada». O futuro que os millennials e a geração Z da Europa querem (parte 1)’», realizado com o apoio técnico do GAD3 e que contou com a participação de 6.119 jovens europeus entre os 18 e 35 anos, 612 dos quais portugueses.
De acordo com a nota de imprensa, ainda que “existam diferenças entre as gerações no que diz respeito ao peso da igualdade, diversidade e inclusão na construção de um futuro ideal para os jovens portugueses”, o estudo reflete que este “é um tópico comum de conversa tanto para a geração Z como para os millennials”.
“Ao todo, 37% dos portugueses discutem o tema, um valor acima dos 33% de média europeia”. Quanto às gerações, “45% dos jovens dos 18 aos 24 anos dizem que esse tópico surge com frequência, em comparação com 31% dos jovens dos 25 aos 35 anos”.
Se fosse dada aos jovens portugueses a responsabilidade de escolher quais os desafios globais a enfrentar no caminho para o futuro a que aspiram, “a maioria dos millennials escolheria resolver o cancro”. Já na geração Z, cerca de 48% escolheriam resolver as ameaças ambientais, em pé de igualdade com o cancro.
O estudo Merck quis ainda saber onde investiriam os jovens se fossem líderes do Governo e os resultados revelam que em Portugal, 54% “apostariam mais no investimento em investigação científica e tecnológica logo seguida pela criação de políticas de proteção ambiental”.
“Quando questionados sobre o que é mais importante no momento do envio de um CV para uma empresa”, os jovens indicam que o salário continua a ser um fator determinante, mas salientam também “as iniciativas de igualdade, diversidade e inclusão” que tomam cada vez mais relevância.
Sobre os atributos mais importantes para um chefe ideal, a escolha recai sobre a transparência, honestidade e coragem, apontados pela maioria dos jovens portugueses. “O compromisso com a equipa é, para os portugueses e a geração Z, o segundo atributo mais frequente, embora sem atingir a maioria”.
Referir ainda que segundo o estudo 85% dos jovens em Portugal dizem respeitar o ambiente; 60% considera a educação e o talento um dos principais pilares para a construção de uma sociedade sólida e sustentável; e de entre os profissionais de saúde, cientistas, atletas de elite ou empresários de sucesso, se tivessem que escolher um herói 62% dos jovens portugueses escolheriam os primeiros.