“O gabinete do primeiro-ministro informa que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou ao primeiro-ministro o seu pedido de demissão, que foi aceite”, anuncia o comunicado, acrescentando que Passos “proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração” do ministro e a nomeação do seu substituto. No mesmo documento, Pedro Passos Coelho “enaltece a lealdade e a dedicação ao serviço público” com que Relvas “desempenhou as suas funções, bem como o seu valioso contributo para o cumprimento do Programa de Governo numa fase particularmente exigente para o país e para todos os portugueses”. Numa declaração ao país de cerca de sete minutos, Miguel Relvas fez um balanço positivo do seu desempenho no Governo, nos últimos dois anos, associando a saída das funções governativas a “razões pessoais e familiares”. Além disso, reconheceu já não ter “condições anímicas” para prosseguir o seu trabalho, reiterando a capacidade de Passos Coelho, descrito como “o primeiro-ministro que o país precisa neste período de tormentas”. As reformas na administração local e na RTP e o programa “Impulso Jovem” foram alguns dos aspetos positivos que o ex-ministro destacou dos últimos dois anos de trabalho.
