A informação foi avançada pelo presidente da Metro do Porto durante o “Portugal Railway Summit”, que decorre até quinta-feira, em formato digital, no âmbito do Ano Europeu do Transporte Ferroviário.
“No ano de 2020 tivemos uma quebra muito significativa, na ordem dos 50% da procura”, afirmou Tiago Maia, revelando que, em causa, esteve a pandemia de covid-19, que veio “intensificar a utilização do transporte individual”.
De acordo com o responsável, a alteração de comportamentos de mobilidade das pessoas originou “uma abordagem quase classista na utilização do transporte público”. Este, defendeu, é mais um desafio que os operadores têm de conseguir enfrentar.
Revelando que a Metro do Porto deverá obter dentro de “dias” o visto do Tribunal de Contas para a expansão da Linha Amarela e construção da Linha Rosa, Tiago Maia mostrou-se esperançoso quanto ao futuro e traçou aquele que será o principal desafio a partir de então.
“O nosso objetivo é duplicar o cenário de partida de 2019, com cerca de 70 milhões de validações a mais, mas também, com uma rede com mais 40 quilómetros”, apontou.
Com a Linha Rosa, formada por quatro estações e cerca de três quilómetros de via, que vai ligar S. Bento/Praça da Liberdade à Casa da Música, o presidente da Metro do Porto espera “retirar 800 veículos rodoviários pesados, os autocarros, do centro do Porto”.
Por sua vez, através da extensão da Linha Amarela, que liga Santo Ovídio a Vila d’Este e vai acrescentar três quilómetros de via, a empresa pretende “atrair clientes para o modo de transporte coletivo em detrimento do individual”.
Recorde-se que a construção da Linha Rosa e o prolongamento da Linha Amarela constituem, segundo a Metro do Porto, o maior investimento público atualmente em curso em Portugal, num investimento total de mais de 407 milhões de euros.
