Fundado pelo então presidente da câmara do Porto Fernando Gomes, a proposta do metro surgiu em setembro de 1989 como uma solução para os problemas de mobilidade na Área Metropolitana do Porto (AMP), na apresentação do estudo “Transporte Coletivo em Sítio Próprio”. Depois de ter estado uma década no papel, o projeto foi concretizado em 2000. A linha Azul, no troço Trindade/Senhora da Hora, foi inaugurada no dia 7 de dezembro de 2002, pelo primeiro-ministro da altura, José Manuel Durão Barroso, atraindo mais de mil pessoas só no primeiro dia. Uma década depois do início do serviço de transporte, a empresa conta com seis linhas que atravessam sete concelhos, em 67 quilómetros, tendo transportado “295 vezes a população da AMP”. Das 81 estações existentes – 14 das quais subterrâneas – a da Casa da Música, Trindade e S. Bento são as mais utilizadas.
O projeto de construção do serviço engloba uma segunda fase – correspondente à expansão da rede em mais 40 quilómetros – mas o plano acabou por ser suspenso pelo governo de José Sócrates. O atual ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, esclareceu desde logo que as novas grandes obras públicas só avançarão assim que a situação económico-financeira o permitir.
No papel ficou, assim, a construção das linhas do Campo Alegre (Matosinhos Sul/S. Bento), de S. Mamede (Asprela/Matosinhos Sul) e o prolongamento da linha de Gaia até Vila D’Este e Valbom (Campanhã/Gondomar), num total de mais 40 quilómetros e 40 estações, que representam um investimento de mais de 1000 milhões de euros. A linha da Trofa também não foi concretizada, aspeto que o “pai” do projeto, Fernando Gomes, lamentou, uma vez que, em 2002, a circulação ferroviária entre aquele concelho e o Porto foi encerrada para as obras de construção do canal do metro, que não chegou a ser concretizado.
