A pandemia afetou drasticamente o equilíbrio psicológico dos portugueses. A conclusão é da Fixando, que, de acordo com um estudo realizado, a 11.380 profissionais e utilizadores da plataforma, verificou que metade da população portuguesa não tem qualquer hobbie e que a crise económica sentida, aliada à falta de interesses, levou a uma procura “desenfreada” por psicólogos.
De acordo com os dados revelados, 47% dos portugueses não apresenta qualquer hobbie e apenas 15% descobriu, ao longo do último ano, uma nova ocupação para os seus tempos livres. Entre as preferências, destacam-se ouvir música (16%), praticar desporto (15%) e ler (12%). Já para 11% dos portugueses, a principal ocupação foi fotografar, enquanto para 9 % e 7% foram, respetivamente, o cinema e as artes plásticas.
“Em média, os 15% dos inquiridos que conseguiram ter um tempo extra para desenvolver um novo talento, dedicam cinco horas por semana ao mesmo com uma despesa média de €82/mês para o manter”, lê-se na nota divulgada.
Contudo, de acordo com a Fixando, a grande maioria não tem disponibilidade financeira para “suportar custos desta natureza”.
A “crise económica” e a “falta de interesses” terão levado também a uma “procura desenfreada por psicólogos”, que, em 2020, aumentou 566%, e só nos primeiros quatro meses deste ano “já progrediu 133%”. Totaliza, assim, “um número recorde” quando comparado com os anos anteriores, completa a Fixando.
O estudo em causa foi realizado entre os dias 10 e 17 de maio.