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Mercado de Arte – Porto

Mercado de Arte – Porto
Arte encontra-se com o Porto todos os meses junto à Sé

O objetivo é claro: levar a arte a todos, num espaço de fácil acesso a turistas e locais, e facilitar a interação entre artistas – emergentes ou consagrados – e o público. Este mês, a cidade Invicta vai dar as boas-vindas ao Mercado de Arte – Porto, que levará artistas das mais variadas áreas ao Largo Redondelo, na Sé, junto à Avenida Dom Afonso Henriques, para apresentarem as suas obras e talentos. A iniciativa vai repetir-se todos os meses, num conceito que reflete o que já acontece em diferentes cidades do mundo: em Paris, no mercado de arte de Montmartre; em Londres, no Piccadilly Art Market; em Barcelona, no Mercadillo de la Placa de Sant Josep, e em Amesterdão, no Art Plein Spui Market. A estreia em território portuense está marcada para 28 de março, Dia Nacional dos Centros Históricos.

Idealizado pela pintora Fátima Paiva, o evento será dinamizado pelo Kliiarte, atualmente incubado na Spinlogic da Universidade Católica do Porto. Segundo explicou a responsável, trata-se de um projeto que aposta na organização de ateliês criativos e workshops de arte “para todas as idades, de forma dinâmica e inovadora”. “Não temos um espaço fixo porque vamos a empresas, instituições, escolas, lares da 3.ª idade. O nosso lema é ‘Arte para Todos’”, adiantou. O certame que agora chega à zona histórica do Porto funcionará como um verdadeiro ninho artístico, onde não faltarão propostas de desenho, escultura, fotografia, gravura, artes plásticas e ilustração. “Contaremos também com alguns artistas ligados a cerâmica, joalharia e têxteis”, acrescentou.

mercado_arte_cartazImpulsionar a divulgação, exposição e comercialização do trabalho de criativos emergentes e reconhecidos, “procurando desenvolver um espaço partilhado, acessível a todos, que permita também aos novos artistas começarem a ser notados” é a grande meta do evento mensal. Segundo indicou a pintora e responsável do Kliiarte, o mercado “vai contribuir ainda para o aumento da oferta cultural e dinamização do comércio local gerado pela afluência de público”, assim como para a criação de novas oportunidades de negócio e democratização “do acesso à arte por parte do grande público”. Os artistas e as entidades interessadas poderão inscrever-se até ao dia 22 deste mês, sendo que a seleção dos candidatos será feita por um júri.

Dos 2,50 aos 200 euros

As peças expostas no Mercado de Arte – Porto serão para todos os gostos e carteiras, podendo variar entre 2,50 e 200 euros. Além de admirarem propostas artísticas das mais diversas áreas, os visitantes terão ainda a oportunidade de participar em eventos paralelos, “desde workshops a ateliês” para diferentes idades. O certame funcionará, assim, em seis zonas distintas: uma dedicada aos artistas plásticos, outra às galerias, aos ateliês e escolas artísticas públicas ou privadas, às empresas de fabrico e revenda de artigos para artes, aos workshops e uma última à alimentação. Segundo esclareceu a pintora, haverá três bancas alimentares, “que são, igualmente, projetos empreendedores: Comida de Rua, Zé Picolé e Chicolate (Chocolates Artesanais)”, onde não faltará vinho do Porto. O evento viverá entre as 11h00 e as 18h00, sendo que, com a chegada do verão e se as condições meteorológicas o permitirem, deverá estender-se por mais uma hora.

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mercado_arte3Largo do Redondelo: um “palco” de fácil acesso

O espaço escolhido para acolher o projeto foi o Largo do Redondelo, na Sé, pela sua “localização privilegiada”, sendo um “local de passagem de turistas, tanto para acesso ao tabuleiro superior da ponte D. Luís, como ao largo da Sé”. “Além do fácil acesso a partir dos transportes públicos – comboio, metro e autocarros – o Largo e as suas imediações proporcionam aos artistas um espaço excecional para a exposição, divulgação e venda de obras”, referiu a organizadora. Por sugestão da Porto Lazer, a mostra vai ser inaugurada no Dia Nacional dos Centros Históricos, coincidindo com o 6.º encontro dos “Urban Sketchers Portugal Norte” (coletivo de autores portugueses que desenham em diários gráficos aquilo que vão observando no dia a dia).

mercado_arte2O Kliiarte está, neste momento, a estudar alternativas para o caso de o mercado não se poder realizar na Sé por questões climatéricas. “Uma das propostas que fizemos à Porto Lazer foi a de se criar uma cobertura em lona para o espaço”, adiantou Fátima Paiva, reconhecendo que o ideal seria conseguir o patrocínio de alguma empresa ou instituição.  

O escultor José Rodrigues e a pintora Isabel Lhano são os padrinhos da iniciativa. “Queremos que os portuenses visitem o mercado e que, pelo menos, tomem conhecimento do que os nossos artistas produzem e admirem o seu trabalho. Seria uma forma de reconhecimento dos que se esforçam para dar cor aos nossos espaços”, referiu. De resto, as expectativas mantêm-se “altas”. “Como o Dr. Vítor Verdelho (um dos responsáveis pelo apoio ao empreendedorismo da incubadora da Católica do Porto) nos disse, uma combinação de Arte, Vinho do Porto e Bombons só pode resultar em sucesso”, concluiu.

Texto: Mariana Albuquerque

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