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Menezes quer observatório permanente para bairros sociais

Menezes quer observatório permanente para bairros sociais

Ouvindo os lamentos dos moradores, o candidato do PSD prometeu criar “de imediato”, caso venha a ser eleito presidente da câmara do Porto, um “observatório” com “técnicos permanentes a trabalhar nos bairros” de modo a tornar os atuais aglomerados em “urbanizações de classe média”.
Menezes disse estar mais preocupado “com as pessoas do que com as paredes”, descrevendo os flagelos sociais que tem vindo a encontrar nas suas visitas aos bairros portuenses, e avançou com medidas que quer ver no terreno. “O que me está a preocupar mais é o que está dentro das casas: idosos a viverem sozinhos, desempregados de longa duração com dificuldade em voltar ao mercado de trabalho com dignidade, crianças a faltar à escola e com índice de abandono escolar enorme, famílias desestruturadas. Com este observatório, terei programas pró-ativos a favor do emprego e de acompanhamento de jovens que saem da escola. Temos de apostar nos 55 mil portuenses que vivem nos bairros, gente boa que vive abandonada e de forma miserável. Não é só fazer-lhes paredes bem pintadas e virar-lhes as costas”, disse o candidato que salientou os bairros que mais o preocupam: “este [bairro dos Correios, Ramalde], Viso, Pasteleira e Falcão, em Campanhã”. “Eu bem sei que vão dizer logo que não há dinheiro, mas Portugal vai ter 20 mil milhões de euros de fundos comunitários entre 2014/2020. Desses 20 mil milhões de euros, um vigésimo tem de vir para o Porto, para a reabilitação urbana, que não é só baixa e centro histórico”, completou o candidato.
Menezes assumiu, ainda, o compromisso de reabilitar o Bairro dos Correios “durante o primeiro ano de mandato”, ajustando posteriormente as rendas e “ajudando os moradores a tornarem-se, em 5 a 10 anos no máximo, proprietários das suas casas”, mediante o pagamento de “valores simbólicos”. O Bairro dos Correios é um equipamento com dois blocos habitacionais, construído em 1956 pelos CTT entre as ruas dos Cedros e dos Plátanos. Em 2012, passou para as mãos da autarquia do Porto, após um diferendo que durou vários anos. Com 64 habitações, algumas delas vagas ou sem condições de habitabilidade, acolhe atualmente mais de 30 famílias.

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