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Matosinhos: providência cautelar contra privatização da Metro

Matosinhos: providência cautelar contra privatização da Metro

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A Câmara de Matosinhos decidiu, esta terça-feira, instaurar uma providência cautelar contra a privatização da Metro do Porto por incumprimento do contrato entre o Governo e a anterior Junta Metropolitana, desafiando municípios e Conselho Metropolitano a juntarem-se à ação.

Esta decisão foi transmitida pelo presidente da Câmara de Matosinhos, o independente Guilherme Pinto, no final da reunião privada do executivo, onde foi aprovada, apenas com o voto contra do PSD, uma proposta de resolução apresentada pelo vereador da CDU, José Pedro Rodrigues, contra a privatização ou concessão a privados da Metro do Porto e da STCP. “A Câmara de Matosinhos decidiu instaurar uma providência cautelar contra a decisão da privatização da Metro do Porto porque considera que o Governo não pode dar este passo sem primeiro responder à Área Metropolitana do Porto as razões do incumprimento que o contrato assinado entre a anterior Junta Metropolitana e o Governo sofreu”, disse. Segundo Guilherme Pinto, no mandato anterior, a então Junta Metropolitana do Porto “decidiu entregar ao Governo a maioria do capital social”, apresentando como condições que o Governo viesse a financiar os investimentos que a empresa fez na altura da expansão da rede e que o Metro do Porto fosse ampliado, não tendo ambas sido cumpridas. “Vamos intentar um procedimento cautelar para impedir este negócio porque não estão reunidas as condições contratuais para que o Governo se continue a arvorar como detentor da maioria de capital na Metro do Porto e vamos convidar outros municípios, se o entenderem, a juntarem-se a nós”, adiantou. Sobre a STCP, o presidente da Câmara de Matosinhos garantiu que a autarquia vai “procurar inteirar-se de quais são as intenções porque neste domínio isto é uma nublosa”, antecipando que vai pedir uma reunião com o Governo “porque infelizmente as pessoas que estão na STCP não riscam nada”. Para o independente, “o que se está a passar hoje é demasiado grave para que as vozes do Norte não se façam ouvir”, considerando que “estar em silêncio neste momento é pactuar com uma estratégia que é de ataque aos interesses do Norte”. “Acho que se não houver uma reação decidida e unânime das personalidades do Norte contra o que está a acontecer, é porque o Norte merece todas as malfeitorias que lhe façam”, atirou.
Guilherme Pinto condenou ainda o facto de “o Governo que diz que não há dinheiro para investimentos a Norte é o mesmo que a Sul concentra toda a capacidade de investimento do país”, tendo verificado “com espanto que para o Metro do Porto há zero euros de investimento mas há 160 milhões de euros para a linha de Cascais”. “E convido o Conselho Metropolitano a olhar para isto deste ponto de vista: nós não ganhamos nada em sermos tolerantes e cordiais com gente que está nos antípodas de qualquer posição de razoabilidade relativamente ao Norte e ao país”, sublinhou.

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