O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, anunciou esta terça-feira que a autarquia vai fazer todos os possíveis para evitar que sejam “desviados da zona Norte” para outras regiões “investimentos que são decisivos”. “A Câmara vai tomar posição sobre os investimentos previstos” no relatório do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado, “porque não faz sentido nenhum desviarem-se verbas para outros projetos de rentabilidade muito duvidosa”, nomeadamente “o porto da Trafaria”, afirmou o autarca, em declarações aos jornalistas. A ligação ferroviária Aveiro-Vilar Formoso, a “eletrificação ou uma solução decente para a linha [ferroviária] Porto-Vigo e a continuação das infraestruturas da rede de transportes do Porto”, em especial do Metro do Porto, são, para o independente, “três obras decisivas para a região”. “O Governo prepara-se para gastar dinheiro sem que ninguém perceba com que lógica é que é feito esse gasto, nomeadamente no [terminal de contentores] da Trafaria”, lamentou Guilherme Pinto, criticando que se gastem “600 milhões de euros para permitir navios até 14 metros de calado” naquela infraestrutura “quando as mercadorias, de forma esmagadora, circulam a Norte do rio Tejo”.
