A Câmara Municipal de Matosinhos aprovou esta terça-feira, com um voto contra do PSD, um conjunto de protocolos com a Petrogal, no valor total de 1,2 milhões de euros. De acordo com a autarquia, os dez acordos vão permitir “recuperar património concelhio degradado (monumento do Senhor do Padrão, capelas do Corpo Santo e Boa Nova e salão paroquial de Leça da Palmeira) e apoiar recriações históricas (Hospitalários, Piratas e Lenda de Cayo Carpo). Para além disso, os protocolos incluem ainda o apoio às atividades do Quarteto de Cordas e Orquestra de Jazz de Matosinhos. Segundo afirmou, ontem, o presidente da câmara, Guilherme Pinto, “independentemente das restantes responsabilidades, a Galp tem uma obrigação de ter uma responsabilidade social para com a comunidade das terras em que está instalada. Devem ter uma participação ativa na vida da comunidade. Não faz sentido não participar na vida dos cidadãos”. O socialista António Parada sugeriu que parte do investimento resultantes dos protocolos fosse aplicada na ação social de Matosinhos. Por sua vez, o social-democrata Pedro da Vinha Costa questionou a razão pela qual a Petrogal não transfere o total da verba diretamente para a autarquia, que decidirá, posteriormente, para onde canalizá-la. Em reposta, Guilherme Pinto referiu não encarar estes protocolos “como um donativo” nem como um “imposto” que aumente a capacidade financeira autárquica. “Em vez de darem dinheiro à Câmara de Matosinhos, dão dinheiro para atividades do concelho que a autarquia considere relevantes. Não é um imposto. (…) Tudo o que se vai fazer em termos de obras, ontem já era tarde”, sustentou.
