A Comissão Executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular decidiu, em reunião que decorreu esta manhã na Galiza, que a cidade de Matosinhos irá acolher, em 2016, a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, sucedendo à cidade espanhola de Ourense, que recebeu a iniciativa em 2014.
Criada em 2007, a Capital da Cultura do Eixo Atlântico visa potenciar as expressões culturais das cidades do Norte de Portugal e da Galiza que compõem esta organização de cooperação transfronteiriça, contribuindo para consolidar os valores comuns e para promover os artistas portugueses e galegos das mais diversas áreas.
O executivo liderado pelo independente Guilherme Pinto tinha definido a organização da Capital da Cultura do Eixo Atlântico como uma das prioridades do atual mandato, pelo que, de acordo com fonte autárquica, está já “a preparar um ambicioso programa que se estenderá ao longo de todo o ano de 2016, com especial incidência entre os meses de maio e setembro, o qual consolidará a vocação cultural de Matosinhos e a aposta continuada da autarquia na criatividade enquanto fator de diferenciação e de coesão social, bem como o reforço da cooperação com os restantes municípios do Eixo Atlântico”.
De forma a potenciar o certame do ponto de vista da atração turística e da economia, a Câmara de Matosinhos vai avançar com um plano de requalificação urbana, estando prevista para 2016 a abertura da Broadway da quadra marítima, a criação de várias praças e a iluminação de edifícios emblemáticos, bem como o arranjo das ruas de Alfredo Cunha e França Júnior e de todos os passeios da cidade.
Outras ações estão já a ser planeadas, nomeadamente o acolhimento de espetáculos teatrais de companhias galegas em itinerância e 15 exposições de artes plásticas, fotografia e design, algumas das quais organizadas em colaboração com algumas instituições de referência da Galiza.
A cultura comum do Norte de Portugal e da Galiza irá também marcar presença em outros eventos organizados pela autarquia, como a Festa da Poesia, a feira medieval Os Hospitalários no Caminho de Santiago ou o festival Literatura em Viagem.
O município acrescenta que “a Capital da Cultura do Eixo Atlântico ficará ainda assinalada pela abertura da Casa da Arquitetura, do Quadra-Galeria de Design e da Casa da Memória de Matosinhos, bem como pela edição de livros e pela realização de conferências relacionadas com o papel dos Caminhos de Santiago na consolidação de uma identidade luso-galaica e europeia”.
