A Câmara de Matosinhos decidiu comemorar os cinco séculos da atribuição do foral com três recriações históricas, que decorrerão entre junho e setembro, com o objetivo de manter bem vivo o imaginário coletivo e divulgar o património cultural do concelho.
Em comunicado enviado às redações, a autarquia explicou que “A lenda de Cayo Carpo”, que começa a ser contada já amanhã, sexta-feira, prolongando-se até domingo, na praia de Matosinhos, junto ao Senhor do Padrão, revela a associação do município à concha da vieira e a devoção a Santiago de Compostela. Aliás, é esta lenda que está na origem do aparecimento do topónimo “Matosinhos” e na conversão das suas gentes ao cristianismo. Cortejos, treino de gladiadores, banquetes, música com bailarinas, malabarismos de fogo, acrobacias e demonstrações de armas integrarão a recriação histórica.
Mais tarde, entre 27 e 29 de junho, Leça da Palmeira regressa a meados do século XIV, dando as boas-vindas à iniciativa “Os Piratas”. De acordo com a lenda, naus, patachos e caravelas, que asseguravam o comércio marítimo, resistem aos ataques de mouros, franceses, ingleses e holandeses, com a coroa portuguesa a contratar piratas para fazer face às pilhagens e assaltos das embarcações inimigas. A zona do Forte de Nossa Senhora das Neves será, pelo terceiro ano consecutivo, palco de recriação de artes e ofícios da época.
A terceira recriação levará Matosinhos à época mediveal através dos “Hospitalários no Caminho de Santiago”, entre 11 e 14 de setembro, reavivando memórias e tradições na zona envolvente ao Mosteiro de Leça do Balio. O casamento real entre D. Fernando e D. Leonor Teles é, como vem sendo habitual, um dos momentos altos do programa.
