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“Matemática Fora de Horas”

“Matemática Fora de Horas”
Lidar com os números de forma “descontraída”

O objetivo é claro: provar aos alunos que a tão temida disciplina de Matemática não tem de ser, obrigatoriamente, uma dor de cabeça e que, aliás, basta um olhar mais atento para dar conta da sua presença no nosso dia a dia. A segunda edição do “Matemática Fora de Horas” já arrancou e, até março, promete dedicar as noites de quinta-feira a desafiar os mais novos a alinharem numa aventura pelo universo dos números. O projeto, organizado pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) em parceria com a autarquia local, vai contar com a participação de estudantes do 10.º ao 12.º ano de todas as escolas do concelho.

Em declarações à Viva, Amélia Caldeira, professora do ISEP e responsável pela iniciativa, explicou que o sucesso da primeira edição – no ano letivo 2013/2014 – foi o grande motivador da nova temporada de aulas “fora de horas”. Na verdade, o projeto foi lançado na sequência da forte adesão ao “Matemática Fora de Portas”, que promove aulas da referida disciplina, durante os meses de abril e maio, “fora do edifício escolar, aproveitando outros espaços e contextos da cidade (Av. dos Aliados – Câmara Municipal do Porto, Rotunda da Boavista – Casa da Música e Palácio de Cristal – Jardim dos Sentimentos)”. Segundo frisou a mat2docente, o programa foi inclusivamente premiado pelo Ensino de Futuro 2013, no âmbito dos “Prémios de Reconhecimento à Educação”, na categoria “Inovação Pedagógica”, num reconhecimento do seu contributo “para a integração efetiva de estratégias e metodologias criativas no contexto de ensino-aprendizagem”.

No “Matemática Fora de Horas”, os adolescentes contactam com as matérias em horas não convencionais e num ambiente informal. Durante as aulas, de 90 minutos, os docentes do ISEP procuram aplicar os modelos matemáticos em contextos da vida real. Assim, os jovens calculam, por exemplo, a taxa de alcoolemia, onde são aplicadas funções e proporções matemáticas. Para dinamizar ainda mais a aventura, com a ajuda da polícia, é simulada uma operação STOP, onde os alunos experimentam o referido teste, soprando ao balão.

“Já acabou?”

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E segundo reconheceu Amélia Caldeira, até agora, a estratégia utilizada tem sido acolhida com sucesso. “Os alunos gostam de participar neste tipo de atividades e saem sempre satisfeitos com vontade de voltar”, referiu, acrescentando até que o ambiente é tão “descontraído e divertido” que os jovens “nem sentem o tempo a passar”. “Muitas vezes, no final da atividade, perguntam: ‘já acabou?’”, destacou a docente.

mat1A temporada deste ano arrancou no passado dia 8, com a participação de uma turma do 10.º ano da Escola Secundária Filipa de Vilhena. As aulas realizam-se mediante a inscrição dos estabelecimentos de ensino, sendo que já foram formados os seguintes agrupamentos: Cerco, Fontes Pereira de Melo; Leonardo Coimbra (Filho); Filipa de Vilhena e Alexandre Herculano. “Verificamos, cada vez mais, que a decisão dos estudantes ao ingressar no ensino superior não passa pelas áreas científicas e tecnológicas (…). Este tipo de iniciativas serve para ajudar a contrariar esta tendência e mostrar-lhes como a aplicação real da Matemática é importante nas rotinas diárias de cada um”, defendeu o presidente do ISEP, João Rocha.

Fomentar uma atitude positiva face à disciplina

O projeto foi idealizado para ajudar a promover o sucesso escolar na unidade curricular de matemática, aprofundando e intensificando a interação entre a escola e o mundo real; fomentar uma atitude positiva relativamente à sua aprendizagem e revelar a presença desta ciência do raciocínio nas situações do quotidiano.

Texto: Mariana Albuquerque

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