O reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, lamentou esta segunda-feira a existência de uma “burocracia tentacular” que limita a gestão de receitas por parte das universidades, apelando ao Governo que ajude a resolver a situação. As declarações do reitor foram proferidas, ontem, na inauguração das novas instalações da Porto Business School, perante o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. Para Marques dos Santos, “a autonomia das instituições do ensino superior tem sido fortemente restringida por uma burocracia tentacular que impõe ou tenta impor limitações incompreensíveis à geração e gestão das receitas por parte das universidades”. “Senhor primeiro-ministro, permita-me que use esta ocasião para lhe reafirmar que as universidades pretendem ser competitivas a nível internacional contribuindo para o prestígio e o reconhecimento de Portugal. (…) É fundamental que sejam dotadas de recursos públicos mínimos e essenciais e que possam exercer a autonomia constitucionalmente conferida sem sujeição a legislação altamente instável e a burocracias incompreensíveis”, sublinhou o reitor, recordando que, no universo total da Universidade do Porto, já há uma geração de receitas próprias acima dos 50% do orçamento anual.
