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Marketing Infantil

Marketing Infantil
A autora da investigação “O significado das compras para as crianças: uma comparação entre Portugal e os EUA”, foi uma das oradoras presentes no 6.º Seminário de Marketing Infantil, realizado na quinta-feira, dia 7 de abril, na Casa da Música, no Porto.

markinf_3Mas, afinal, o que é que os mais novos sabem sobre compras? Para conseguir dar resposta à questão, Luísa Agante pediu a 249 crianças dos segundo e terceiro anos de quatro escolas portuguesas (três públicas e uma privada) para desenharem o que lhes vinha à mente quando pensavam em “ir às compras”. A investigadora utilizou a mesma metodologia usada em 1989 nos Estados Unidos, num estudo que envolveu 112 crianças, de modo a reunir informação que permitisse comparar os resultados observados nos dois países.

Durante o seminário dedicado à temática do marketing infantil, a docente explicou que, em termos gerais, as crianças são fãs do ato de comprar, têm boa consciência das marcas e pouca noção dos preços.
Os miúdos portugueses revelaram dar mais importância às roupas. Os americanos, por outro lado, mencionaram mais vezes os brinquedos. Para Luísa Agante, os resultados estão, de facto, ligados à “natureza” de cada uma das culturas. “Damos muita importância à roupa e ao calçado. É algo específico do sul da Europa”, constatou, explicando que, para as crianças portuguesas, “estar ‘in’ ou estar ‘out’”, tem muito a ver com aquilo que vestem e calçam.

O mesmo estudo mostrou que as mesmas crianças desenharam muitas vezes leite e iogurtes, aspeto que a professora do IPAM atribuiu às campanhas específicas de consumo de laticínios na União Europeia.
Além disso, a investigação mostrou que os miúdos do nosso país vão mais vezes às compras com os pais do que os norte-americanos, facto que Luísa Agante considerou ser um indicador de diferentes padrões de compra.

A investigadora admitiu, no entanto, que uma das fragilidades do estudo reside numa comparação de resultados tão distantes no tempo, reconhecendo que um dos seus objetivos é repetir o método nos Estados Unidos e na Ásia, de modo a poder comparar as diferentes culturas.

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markinf_2Publicidade na Internet irrita os adolescentes

Outra das análises apresentadas no seminário organizado pelo IPAM em parceria com a BrandKey foi a de Paulo Cardoso, da Universidade Fernando Pessoa. O investigador estudou a atitude dos adolescentes em relação aos anúncios publicitários presentes na Internet, concluindo que os mais novos lhes reconhecem um caráter informativo. Ainda assim, a ideia que mais surpreendeu a plateia foi a de que as crianças se sentem irritadas com a publicidade no meio online.

Ainda no mesmo painel de oradores, Sara Pereira, da Universidade do Minho, analisou a atitude infantil face à publicidade televisiva, considerando que as crianças são bastante influenciadas pelos modelos publicitários. Deste modo, a investigadora considera que é fundamental apostar, cada vez mais, na educação para os media.

O 6.º Seminário de Marketing Infantil contou com a participação de mais de 15 oradores, destacando-se a presença de David Buckingham, professor do Instituto da Educação da Universidade de Londres.

Mariana Albuquerque

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