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Marés Vivas 2014

Marés Vivas 2014
Tudo a postos para a chegada de novas marés

A menos de uma semana do arranque da 12.ª edição do MEO Marés Vivas (MV), a praia do Cabedelo, que acolhe, todos os anos, a folia dos festivaleiros, prepara-se para mais uma viagem musical que promete “casa cheia”. O recinto do festival, em Vila Nova de Gaia, tem capacidade para receber 25 mil pessoas e a organização prevê repetir o feito de 2013, ano em que se esgotaram os ingressos para os três dias. Entre 17 e 19 de julho, música e ação serão, assim, as palavras de ordem do evento, que já excedeu, há muito, os limites da Área Metropolitana do Porto. É por isso que Jorge Silva, da PEV Entertainment, empresa que produz a iniciativa, acredita que o festival “já não é apenas de música”, tendo-se assumido, ao longo dos anos, como uma mais-valia turística para a região. “Se o Porto está na moda, isso também se deve a eventos como o Marés Vivas”, sublinhou, adiantando que, este ano, as marcas presentes no recinto vão brindar o público com “animações diferentes”.

mares_cartazA confirmar-se uma nova edição com lotação esgotada, a organização não descarta a hipótese de mudar de local, para dar nova força ao projeto, embora reconheça que encontrar um espaço “com as mesmas características” não será tarefa fácil. Sair de Gaia, contudo, “não faz qualquer sentido”, segundo realçou a organização. E é também com elevadas expectativas que Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia gaiense, aguarda o arranque desta verdadeira festa da música, encarando-a como um elemento que leva o nome da região além-fronteiras. “Um concelho que aposta na divulgação e internacionalização da sua imagem tem de apostar no MEO Marés Vivas”, defendeu, frisando que o apoio da autarquia está associado a questões de logística, de manutenção e a um processo de subsidiação, este ano um pouco mais reduzido do que anteriormente. Nesta edição, a comparticipação camarária é de 175 mil euros, valor ao qual acresce “um subsídio via Unicer que andará na ordem dos 100 mil euros”, repartido por quatro eventos do município.

De acordo com o presidente socialista, em termos de logística, a autarquia pretende reforçar a higiene e a limpeza do recinto e apostar na mobilização para o festival de um maior número de funcionários da empresa municipal Águas de Gaia. A organização do certame desvalorizou a redução da participação municipal, recordando que, logo desde o início, o objetivo do evento sempre foi o de “ganhar o seu espaço”, diminuindo a dependência do apoio autárquico com a atração de financiamento privado. As opiniões são, portanto, unânimes e todos estão à espera “de um grande festival”, com “um dos melhores cartazes do ano em Portugal”.

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mares_xutosNuma altura em que assinalam 35 anos de carreira, os Xutos e Pontapés estarão de regresso ao palco do MV – onde atuaram em 2011 – com um concerto agendado para as 23h00 de quinta-feira (dia 17), já depois das atuações de Skindred (20h30), num misto de metal, punk rock e reggae, e ainda dos londrinos Modestep (21h30), que prometem surpreender com a sua música eletrónica. Para Eduardo Vítor Rodrigues, a aposta na banda de rock portuguesa, que, aliás, apadrinha o festival, é, este ano, incontornável, dado o seu simbolismo no panorama musical nacional. O grupo de Tim, Zé Pedro, Kalu, João Cabeleira e Gui deu início à celebração do aniversário de carreira com dois concertos no Meo Arena, durante os quais se recordaram histórias antigas e se apresentaram novidades – o novo álbum, “Puro”. A celebração chegará agora ao norte do país, no palco do Cabedelo. Outro concerto muito aguardado no primeiro dia do evento é o da banda de techno-pop eletrónico The Prodigy, considerada uma das maiores referências do big beat. Liam Howlett, Keith Flint e Leeroy Thornhill vão subir ao palco já de madrugada, quando o relógio marcar a 01h00, para mostrarem ao público o seu último disco, “Invaders Must Die”, que contou com a participação de Dave Grohl (dos Foo Fighters) em duas das faixas.

mares_portisheadNa sexta-feira, dia 18, a primeira atuação será dos Clã (às 20h30), em estreia no festival de Gaia. A banda de Manuela Azevedo levará na bagagem o novo travalho, “Corrente”, mas decidiu brindar o público com uma surpresa especial, convidando a fadista Ana Moura para se juntar, em palco, a esta aventura. Pela primeira vez em Portugal, James Arthur, cantor e músico vencedor da nona temporada do programa Factor X do Reino Unido, atuará às 21h30, antes dos momentos “eletrificantes” prometidos por James, grupo inglês que entrará em ação pelas 23h00. Criado em 1981, o grupo teve os seus maiores êxitos durante a década de 90, com hits que marcaram gerações: “Sit Down”, “Laid”, “Say Something” e “Sometimes”, por exemplo. Mas Jorge Lopes, outro rosto da PEV Entertainment, aconselha o público a não perder também o espetáculo do DJ norte-americano Skrillex (à 01h00), que apostará no impacto visual, não faltando, “sequer, uma nave em palco”.

mares_jossA última maratona de concertos no palco MEO arranca com We Trust, projeto do realizador português André Tentugal, que já trabalhou com conhecidas bandas portuguesas (X-WIFE, Old Jerusalém, The Weatherman, Mind da Gap, Os Tornados e Teratron) e internacionais (Kap Bambino, Divine Comedy, Scout Nibblet, Tiny Vipers e Ariel Pink). De seguida, os festivaleiros terão oportunidade de ouvir os The Gift (21h30), artistas de Alcobaça que se juntaram em 1994 e cujo reportório integra temas como “Ok! Do you Want Something Simple?”, “Driving You Slow” e “Fácil de Entender”. Destaque ainda para as melodias etéreas e introspetivas do trio Portishead, que subirá ao palco às 23h00, numa estreia pelos ares do Cabedelo. A fechar o cartaz do MV está o soul de Jocelyn Eve Stroker, ou simplesmente Joss Stone, considerada uma das maiores vozes da cena pop/soul da atualidade. Nomes que despertam recordações de outros tempos e nomes da atualidade conjugados num só festival, embelezado pelas cores do pôr-do-sol.

Texto: Mariana Albuquerque   |   Fotos: http://maresvivas.meo.pt

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