O candidato socialista à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, garantiu esta sexta-feira que pretende assumir um “compromisso com o Estado social”, criticando os seus adversários de “partidos de direita” por quererem “esconder a sua ligação ao Governo”. “Bem percebo que os candidatos dos partidos de direita [Luís Filipe Menezes e Rui Moreira] queiram esconder tanto quanto podem a sua ligação ao Governo, porque o que vimos aqui é o recuo do Estado social. E nada disto nos foi dito nas eleições [legislativas] em 2011, esconderam habilmente o que tencionavam fazer e estão a cortar nos apoios essenciais às pessoas”, sublinhou. Na quarta manhã de campanha eleitoral dedicada a unidades de saúde que criou no Porto, enquanto secretário de Estado da Saúde do governo de José Sócrates, Pizarro defendeu que o sistema público de saúde “é uma marca da nossa democracia” que deve ser preservada. Assim, segundo o candidato, há unidades de saúde com “incapacidade de resposta” e utentes que, depois de saírem de um internamento hospitalar, “precisam de reabilitação e ficam entregues à sua sorte”. “É desumano e um absoluto erro em relação à sustentabilidade futura do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, frisou, garantindo que se for eleito presidente da Câmara do Porto no dia 29 vai “destinar uma fatia do orçamento para apoiar as instituições particulares de solidariedade social na contratação de 300 novos profissionais”.
