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Maioria dos jovens portugueses não vive onde gostaria

Maioria dos jovens portugueses não vive onde gostaria

A consultora imobiliária Century 21 analisou as condicionantes financeiras dos jovens e o seu impacto no mercado imobiliário e concluiu que oito em cada dez jovens portugueses não vivem onde gostariam por falta de recursos económicos.

Os dados constam do “II Observatório do Mercado da Habitação em Portugal”.

“Em primeiro lugar, o estudo analisou a situação atual dos jovens [entre 18 e 34 anos] sobre o seu grau de emancipação e independência económica, as suas motivações para deixar a casa da família e as suas expetativas de habitação. Em segundo lugar, identificou as características da procura da primeira casa dos jovens que ainda não se emanciparam. Por último, focou-se nas características da procura da futura habitação dos jovens quando, após alguns anos, conseguirem alcançar maior estabilidade económica e profissional”, explica o comunicado da mediadora imobiliária, citada pelo Idealista.

Foram levados a cabo 800 inquéritos por todo o país. “As conclusões do estudo demonstram que 78,1% dos jovens entre os 18 e os 34 anos não vive onde gostaria. A razão principal passa pela falta de recursos económicos para a habitação que desejam”, lê-se no documento.

Segundo aponta a Century 21, “os 25,9% dos que já estão a trabalhar não atingem os rendimentos necessários para a casa pretendida”: dos jovens inquiridos, “62,9% conta com menos de 1.000 euros mensais e 17,2% têm ganhos inferiores 500 euros. Apenas cerca de 12% indicam rendimentos entre 1000 e 1500 euros, por mês”.

Assim, com estas condicionantes, “55,7% dos jovens não são financeiramente independentes”, sendo que, mesmo no caso dos emancipados, 37,2% “depende financeiramente da família ou parceiro”.

O estudo revela também que “33,4% dos jovens gostaria de morar numa casa própria com o parceiro, 18,5% gostaria de viver sozinho e 1,9% com amigos”.

“De qualquer das formas, 53,8% prefere uma opção de casa própria enquanto 36,7% se inclina para uma habitação arrendada. Apenas 4,5% optam por habitação partilhada, quer seja arrendada ou própria”, refere o relatório.

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Ainda de acordo com o observatório, “apenas 36,4% dos jovens consegue assumir a totalidade dos gastos com a habitação onde vive, cerca de um terço partilha despesas com o companheiro e em 21% dos casos os custos da casa são integralmente suportados pelos pais”.

Os inquiridos de todas as idades – de ambos os géneros e das diferentes regiões do país – preferem que a sua primeira casa seja na cidade onde já vivem, uma tendência que é ligeiramente superior no segmento mais jovem e nos inquiridos do Porto.

“Quanto ao tipo de habitação, a primeira opção para 44,5% dos jovens é um apartamento. Contudo, esta preferência muda para uma moradia nos que têm mais de 30 anos (36,1%)”, concluiu a consultora.

Os jovens aspiram ter uma primeira casa com 82,8 metros quadrados (m2). A dimensão pretendida aumenta, no entanto, com a idade, com os jovens a partir dos 30 anos a desejarem uma casa com área superior a 88 m2. Sobre a tipologia, a preferência recai sobre um T2 com duas casas de banho.

Segundo o portal Idealista, num horizonte temporal de cinco a oito anos, apenas 12,1% dos jovens se vê a habitar numa casa arrendada, ou seja, 87,9% quer casa própria. A compra de habitação supera sempre os 80%, em todas as faixas etárias e zonas do país.

O imóvel ambicionado é uma moradia com 110 m2, três quartos e duas casas de banho e a casa ideal estaria localizada numa zona periférica do centro da cidade.

“Nas características que mais valorizam na habitação, os jovens demonstram grande coerência entre o que pretendem no presente e o que ambicionam para o futuro. A segurança da zona volta a ser o fator mais importante para 68,2% dos jovens e a qualidade de construção é o segundo aspeto mais relevante a superar agora 60%, quase oito pontos acima da valoração atribuída para a primeira casa. A eficiência energética volta a ocupar o terceiro lugar, também com mais seis pontos que na primeira casa, o que indicia que os jovens esperam que a futura casa tenha níveis mais elevados de qualidade e eficiência”, conclui o estudo da Century.

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