“Portreto de La Animo Art Brut etc.”, considerada a “maior exposição de arte bruta da Península Ibérica”, será inaugurada esta quinta-feira, dia 13 de julho, às 18h00, no Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), no Porto. A mostra inclui 150 obras de 99 autores, “a maioria das quais só foram encontradas depois de os artistas morrerem”, e tem como objetivo apelar ao “debate e reflexão sobre saúde mental”.
“Importa colocar os museus a discutir a saúde mental”, afirmou António Ponte, diretor do MNSR, segundo a notícia avançada pela Comunidade Cultura e Arte, acrescentando que devem “assumir um papel central na discussão da contemporaneidade”.
O conceito de “arte bruta” surgiu, em 1945, quando o artista francês Jean Dubuffet assim apelidou a “produção artística que não se enquadrava nos conceitos tradicionais artísticos, liberta dos cânones e das influências formativas”.
Esta forma de expressão artística pretende dar visibilidade aos autores marginalizados, “como prisioneiros, pacientes com doença mental e sintomas psicóticos”. Nas palavras de António Saint Silvestre, curador da exposição, “a arte bruta é um diamante que nunca foi talhado”.
Os visitantes poderão ver obras de artistas como Abraham Hadad, Aloïse Corbaz, Aurel Iselstöger, Guo Fengyi, Eugene Von Bruencheinhein e, também, Jaime Fernandes, “um dos mais destacados autores da arte bruta em Portugal”.
De acordo com a mesma fonte, “a par da exposição, está previsto um ciclo de conversas sobre arte na saúde mental e na reabilitação psicossocial, visitas guiadas e orientadas, assim como atividades com comunidades educativas e unidades de saúde”.
“Portreto de La Animo Art Brut etc.” estará em exposição até ao dia 12 de novembro.
Foto: Museu Nacional Soares dos Reis (Facebook)
