A 39.ª edição do Fazer a Festa esteve agendada para abril, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19, acontecendo agora, de 10 a 19 de julho, nos jardins da Quinta da Caverneira.
Organizado pela companhia Teatro Art’Imagem, o Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude Fazer a Festa vai apresentar, este ano, cinco espetáculos, exposições e debates, num formato diferente que privilegia o ar livre.
“Este festival procura ser um grande observatório do que se faz para a infância e juventude em Portugal. Os nossos espetáculos são obras artísticas que tratam o teatro como arte e não como mero entretenimento. Não somos professores. Somos artistas. Não fazemos do teatro uma aula. As crianças vêm ao teatro para serem despertadas para as artes e falamos de todas as coisas que as crianças ouvem falar no mundo e não há temas tabus no teatro para a infância e juventude”, referiu o diretor artístico, José Leitão.
À agência Lusa, o responsável apontou que a Teatro Art’Imagem procura “fazer teatro também para os homens do futuro, mas principalmente para as crianças do presente”, considerando “impossível” ignorar o tema da ordem do dia, a pandemia.
“Por isso além dos espetáculos, teremos um grande debate sobre a situação atual. O que é que a covid anulou e o que fazer perante esta situação, o que se perdeu, o que se vai ganhar? Porque temos de ganhar. É assim que a humanidade vai vencendo as coisas. E o teatro acompanha a evolução da humanidade”, afirmou José Leitão.
O Fazer a Festa vai decorrer nos jardins da Quinta da Caverneira, e no dia de abertura, 10 de julho, além do debate “Tempos Covid-19”, será prestada uma homenagem ao encenador João Luiz e à Pé de Vento, companhia que teve, até recentemente, um espaço próprio no Teatro da Vilarinha, no Porto.
Já no sábado, a Pé de Vento apresenta “Contos do Lápis Verde”, uma peça que parte de obras de “um autor consagrado [Álvaro Magalhães] de histórias para a infância e juventude”.
Para domingo, 12 de julho, está agendado “O Rei Vai Nu” da Teatro Chão de Oliva, de Sintra, uma peça baseada em contos do escritor e poeta dinamarquês Christian Andersen.
Na manhã de sábado, dia 18, será apresentada “uma leitura viva e expressiva de contos” chamada “Histórias de Pássaros” que aborda as mitologias dos povos indignas e no mesmo dia, à tarde, a companhia de Leiria Te-Ato apresenta “O Fio da Linha do Horizonte”.
No domingo, dia 19 de julho, a companhia galega Elefante Elegante sobe ao palco com “Lobo Bobo”, antes de ser lançado o terceiro número da revista Cadernos Fazer a Festa que faz a compilação das críticas aos espetáculos, bem como sumários dos debates da edição anterior deste festival.
De salientar que os espetáculos foram adaptados ao ar livre. O público tem de reservar lugar, estar sentado e respeitar distâncias. “Os espetáculos têm distanciamento e não há contacto físico entre atores. Os jardins são muito agradáveis e esperemos que o tempo nos acompanhe”, disse o responsável do Teatro Art’Imagem.
Mais informações: 22 208 40 14 | 91 76 91 753 | 91 08 18 719 | [email protected].
