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Livraria Lello poderá vir a ter um miradouro de 21 metros de altura

Livraria Lello poderá vir a ter um miradouro de 21 metros de altura

É quase impossível falar no legado histórico da cidade do Porto e não mencionar a Livraria Lello. São 118 anos de história repletos de visitas que são inequívocas quanto à mística deste espaço.

Posto isto, a novidade é que os proprietários da Lello querem instalar um miradouro de 21 metros de altura na livraria. Tal como informa o Público, o objetivo será potencializar ainda mais o espaço.

Recorde-se que a Lello chegou a ganhar o prémio de “Livraria Mais Bonita do Mundo”. Desde a arquitetura, à escadaria imponente, o espaço faz o encanto de milhares e milhares de turistas que todos os dias por lá passam.

O projeto é feito pelo ilustre arquiteto Álvaro Siza Vieira. Na proposta do próprio, também consta o interesse em fazer algumas alterações e reconstruções ao edifício. Os trabalhos deverão acontecer nas fachadas, cobertura e o espaço deverá ser aumentado.

A CCDRN não está de acordo, mas não fecha totalmente as portas

A ideia promete, mas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) parece não estar propriamente de acordo. 

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“O miradouro proposto é uma estrutura muito impactante e dissonante que iria perturbar o perfil edificado existente, tendo em conta a dimensão e os materiais propostos” – escreve a CCDRN.

Apesar desta ideia dos proprietários da Lello, a CCDRN vê o projeto como algo “muito intrusivo” e que pode ter um “impacto desfavorável” no edifício e, consequentemente, na cidade.

Assim sendo, fica a questão: de onde vem a hesitação da CCDRN em concordar com o avanço do projeto? A principal hipótese deverá relacionar-se com o facto da Lello se enquadrar num quarteirão que faz parte do Centro Histórico do Porto.

Como cita o Público, a entidade reguladora de desenvolvimento regional do Norte visa “salvaguardar o risco de instituição de um precedente, por parte da administração, sobre pretensões análogas, numa tipologia de intervenção que só poderá ser considerada com um caráter singular”. 

De qualquer forma, a CCDRN não fecha totalmente as portas ao projeto. Para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, este poderá ser reconsiderado se for novamente formulado, à luz de algumas diretrizes que a entidade exige.

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PD- Revista Sabe bem