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Linha Rosa: Está escavada “mais de metade da extensão” do túnel de Santo António

Linha Rosa: Está escavada

A linha Rosa (G) é uma das novas linhas da Metro do Porto e será responsável pela ligação entre S. Bento e a Rotunda da Boavista. Com uma extensão de quase três quilómetros e quatro novas estações, os trabalhos têm decorrido a bom ritmo e de acordo com o que a VIVA! conseguiu apurar foi já escavada a maior parte do túnel de ligação do Hospital Santo António à Praça da Liberdade.

“O túnel de ligação do Hospital Santo António à Praça da Liberdade tem uma extensão de 583 metros e implica a passagem por lugares icónicos da cidade do Porto, tais como o Instituto de Ciências Biomédica Abel Salazar (ICBAS), o Quartel do Carmo, a Praça dos Leões, a Torre de Ceuta e o Túnel de Ceuta. Até ao momento, foi já escavada mais de metade da extensão (em concreto 253 metros)”, afirmou Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, numa visita à frente de obra de construção da futura Estação de Santo António.

De acordo com o responsável, os trabalhos deverão ficar concluídos “até ao final do próximo mês de setembro”, de forma a que seja possível avançar, depois, para o “revestimento secundário do túnel”.

A obra de escavação em causa tem recurso ao uso de explosivos em dois momentos diários: o primeiro no início da manhã e o segundo no final da tarde, com a duração de breves segundos. Esta progride a passos largos, com a utilização de material especial que garante a “relação entre segurança e o avanço” da obra, diminuindo o impacto do ruído.

Na Estação de Santo António existirá, também, um túnel pedonal que vai dar acesso a uma passagem inferior até às urgências do Hospital, respondendo, assim, ao objetivo da Metro do Porto de “servir as várias valências desta zona”. Além do hospital, a nova linha servirá, também, o Museu Soares dos Reis, com o qual a Metro do Porto está a trabalhar uma possível colaboração artística, a fim de colocar obras do próprio museu expostas na estação.

Uma vez que esta estação é subterrânea, os acessos à mesma estão a ser construídos na superfície, assim como dois poços: o circular, com 23 metros de diâmetro e 27 de profundidade, que será a saída de emergência; e o elíptico, que servirá de acesso para pessoas com mobilidade reduzida e conta com um diâmetro máximo de 21 metros e, igualmente, 27 de profundidade. Os acessos à estação estão, por sua vez, localizados em três partes: um no cruzamento das ruas do Rosário, Dom Manuel II e Dr. Tiago de Almeida, por via de uma escada fixa e de escadas mecânicas; outro na rua de Clemente Menéres, junto ao Instituto de Medicina Legal, através de uma escada fixa e de duas escadas mecânicas; e, por fim, um elevador situado, sensivelmente, a meio da rua de Clemente Menéres.

Por respeito aos valores da sustentabilidade presentes na cidade do Porto, as árvores localizadas no Jardim do Carregal, onde decorrem as obras, foram escrupulosamente respeitadas. De acordo com Tiago Braga, apenas uma árvore foi abatida e a madeira desta será reaproveitada numa intervenção artística, que, de futuro, poderá ser vista numa escultura no interior e no exterior da estação. “Está garantida, de resto, a requalificação integral deste jardim, mantendo-se o seu desenho original e sendo devolvida ao seu lugar original a estátua de Abel Salazar (temporariamente removida e salvaguardada durante a empreitada)”, sublinhou a empresa.

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A visita contou também com as presenças de Jorge Delgado, Secretário de Estado da Mobilidade Urbana, e Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, que se mostrou bastante otimista em relação à obra em causa. “É importante mostrar às pessoas que estas obras estão a avançar em muito bom ritmo. Permitem mudar o perfil de mobilidade, procurando tornar o transporte público mais atrativo para as pessoas, assegurando, assim, deslocações para o trabalho, escola, universidade, de forma cómoda, acessível e rápida”, apontou.

Importante referir que, de acordo com o ministro, a “construção da linha Rosa encontra-se a 40%” e está prevista “terminar no final de 2024”, para “entrar em operação no início de 2025”.

A Metro do Porto prevê que no primeiro ano de operação haja “uma procura na ordem dos 8 milhões de passageiros, repercutindo-se isto igualmente numa redução de emissões de CO2 de quase 1.500 toneladas”.

Recorde-se que a Linha Rosa tem uma extensão de quase três quilómetros e quatro novas estações subterrâneas – Hospital de Santo António, Galiza, Liberdade/São Bento e a futura Boavista/Casa da Música II, que terá acesso à já existente com o mesmo nome (Casa da Música) e onde os utilizadores poderão fazer a ligação às linhas Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja.

Além de contribuir para o aumento da utilização de transportes públicos, a empreitada enaltece, também, a arquitetura nortenha, uma vez que os arquitetos Souto Moura e Siza Vieira, ambos reconhecidos internacionalmente, foram responsáveis por desenhar as estações subterrâneas. Souto Moura, arquiteto portuense, projetou as estações Hospital Santo António, Galiza e Boavista/Casa da Música II, enquanto a estação Liberdade/São Bento foi projetada por Siza Vieira, arquiteto nascido em Matosinhos.

A Linha Rosa contribuirá para uma melhoria significativa na mobilidade urbana do Porto, uma vez que as áreas envolventes são de uma intensa e importante atividade comercial, económica, cultural, residencial e de saúde, com foco no Hospital de Santo António, na Rua Miguel Bombarda, no SuperBock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), na Praça da Galiza e nas faculdades localizadas no polo do Campo Alegre da Universidade do Porto, nomeadamente Letras, Arquitetura e Ciências.

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