O novo eixo do metrobus do Porto, que vai ligar a Boavista à Praça do Império, vai custar 25 milhões de euros e demorará 20 meses a ser construído.
A informação foi anunciada esta segunda-feira pela Metro do Porto, num comunicado, divulgado na sua página oficial, onde revela que o consórcio formado pelas empresas Alberto Couto Alves, SA e Alves Ribeiro, SA foi o primeiro classificado no relatório preliminar do júri na avaliação das propostas no âmbito do Concurso Público para Concepção e Construção da Linha Bus Rapid Transport (BRT).
“Após a notificação dos seis concorrentes que apresentaram propostas válidas, decorre o prazo legal de audiência prévia, após a qual o conselho de administração da Metro do Porto estará em condições de proceder à audição”, lê-se.
A proposta vencedora tem o preço, em rigor, de 24.963.701,62€ e integra “uma das grandes novidades do Metro 3.0”, a nova fase de expansão da rede, depois da construção da Linha Rosa e da extensão da Linha Amarela, devendo estar concluída no final do próximo ano.
Em causa está “um investimento global de 66 milhões de euros”, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “incluindo material circulando e um posto de abastecimento de hidrogénio, que servirá não apenas o BRT como toda a comunidade”, sublinha a empresa.
Na mesma nota, a Metro salienta que a nova linha BRT será parte do sistema de transportes da Área Metropolitana, integrada no sistema de bilhética intermodal Andante, constituindo “parte fundamental na estratégia de descarbonização e de combate às alterações climáticas”.
“O Bus Rapid Transit destaca-se pelo desempenho ambiental neutro (os veículos serão movidos a hidrogénio) e pela facilidade de integração em meio urbano”, destaca, acrescentando que as composições serão “idênticas a um metro de superfície, mas que circulam sobre pneus, dispensando a instalação de carris ou o uso de catenárias para alimentação energética”.
A linha Boavista-Império vai desenvolver-se ao longo das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, perfazendo um traçado de exploração de oito quilómetros (quatro em cada sentido), e terá uma “frequência de cinco minutos em hora de ponta”. A ligação entre os seus dois extremos, por sua vez, demorará apenas 15 minutos.
O serviço vai contar com oito novas estações de superfície: Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império. “Todas elas contarão com cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, câmaras de videovigilância e equipamento de informação ao público, nomeadamente painéis eletrónicos e informação sonora”, indica ainda a Metro do Porto.
A localização das estações, acrescenta, teve em consideração as condicionantes dos locais, os estudos de mobilidade e obedeceu a critérios e princípios de organização e funcionamento, já devidamente testados na rede de metro em exploração.