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“Letras na Avenida”

“Letras na Avenida”

O “Letras na Avenida” vai juntar cerca de uma centena de entidades, como as conhecidas livrarias Lello e Poetria, alguns alfarrabistas, a Imprensa Nacional Casa da Moeda, o Bairro dos Livros, a Universidade do Porto, o Instituto Piaget, o Cineclube e o Inatel. Além disso, contará com a presença de mais de 50 editoras. Esta sexta-feira à noite, a partir das 21:00 horas, haverá a apresentação dos livros “A última criada de Salazar”, de Miguel Carvalho, e “Como Folhas ao Vento, de Emília Leitão. No sábado, o dia será dedicado à escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís, com a leitura integral da obra “A Sibila” (por Nuno Meireles), romance com o qual atingiu a total maturidade do seu processo criador. Da lista de propostas faz ainda parte o Spoken Word “Estórias Musicadas, Canções Faladas”, dos Estupendo Inuendo, espetáculo “inspirado no género ‘spoken word’ americano, mas contagiado pela tradição portuguesa de contar estórias, dizer poesia e desabafar com o vizinho”.

letras_avenida3De mãos dadas com o cinema

E como a poesia, além de dita, pode ser cantada, haverá, no domingo, entre as 18:30 e as 19:30, a performance “Desdita”, com a guitarra de Joaquim Pavão e a leitura de Isabel Fernandes Pinto e Sofia Lemos, a partir de canções de Zeca Afonso e de poemas de Sophia de Mello Breyner e Ary dos Santos, entre outros. Paralelamente, o cinema será outro dos ingredientes garantidos nesta festa da baixa portuense.

Os visitantes poderão, por exemplo, assistir a uma mostra de histórias em cinema de animação, produzidas no âmbito do projeto “Porto Desconhecido”, da Associação de Ludotecas do Porto – CLIA – Anilupa, que promete desvendar “memórias, curiosidades, festas e histórias da cidade do Porto”. Agendada para as 14:00 horas de terça-feira, dia 12, está a exibição de “Corações de Pano”, filme inspirado na arte popular da construção de bonecos de pano e ráfia. Depois, no dia seguinte, a sessão será dedicada a crenças e fenómenos que dão que pensar, com “Anda aqui bruxedo”. Outras propostas do Cineclube do Porto vão também enriquecer esta primeira edição do evento “Letras na Avenida”.

Do rol de novidades faz parte a estreia nacional do documentário “Juntos”, do realizador e maestro António Victorino d’Almeida, que na quinta-feira, dia 25, estará presente “para uma conversa animada com os seus admiradores”. Tal como explica a organização da iniciativa cultural, a película foi produzida no rescaldo do 25 de Abril, abordando a “relação dos portugueses com o fado”. A obra conta com a participação de nomes como Carlos Paredes e Natália Correia.

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letras_avenida2Desafios para os mais novos

A pensar nos mais pequenos, os organizadores da iniciativa idealizaram também um conjunto de oficinas com “temas identitários da cidade do Porto, como é o caso dos barcos rabelos, dos azulejos (cuja oficina decorrerá na tarde de terça-feira, dia 16 deste mês), do vinho do Porto e do infante D. Henrique. As bibliotecas, os arquivos e os museus municipais também não quiseram ficar à margem do “Letras na Avenida”, preparando horas do conto, que incidem, por exemplo, na obra “A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, e atividades de expressão plástica. Tudo isto intercalado com tertúlias, espetáculos de dança e um despique poético, protagonizado pelos coletivos portuenses.

Até ao fim da iniciativa haverá também propostas musicais. O Curso de Música Silva Monteiro terá a responsabilidade de animar os fins de tarde de 20 e 27, sendo que os Porta-Jazz subirão ao palco nas noites de 14 e 28.

Texto: Mariana Albuquerque

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