A emblemática Livraria Lello, no Porto, celebrou 118 anos no passado sábado, dia 13 de janeiro. Além de anunciar o programa para 2024 e oferecer livros aos primeiros 118 visitantes, a data assinalou, também, a apresentação da Fundação Livraria Lello, numa cerimónia privada.
A programação para 2024 foi anunciada, sob o mote “É a Hora” (último verso d’ A Mensagem, de Fernando Pessoa), com o objetivo de marcar a diferença nas estatísticas referentes aos hábitos de leitura em Portugal.
“Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e Eurostat, cerca de 60% dos portugueses não leram um único livro em 2022, 65,7% demonstra falta de interesse na leitura e 63,8% não visitou qualquer local cultural em 2022. Portugal foi o quarto país da União Europeia que menos investiu em serviços culturais”, lê-se no portal de notícias da autarquia.
No âmbito das comemorações do 118.º aniversário da Lello teve lugar uma cerimónia privada onde foram apresentados a Fundação Livraria Lello e os respetivos escritórios, assim como outros projetos do Lionesa Group, que irão ter lugar num edifício histórico da Rua das Galerias de Paris, com a assinatura de Nuno Valentim, arquiteto responsável pela requalificação do Mercado do Bolhão. Segundo a mesma fonte, “os atuais escritórios ficarão devolutos de modo a iniciar a obra do novo espaço cultural da livraria, um projeto com assinatura de Álvaro Siza”.
Foi, ainda, inaugurada uma exposição sobre Fernando Pessoa, “que contará com edições de livro e opúsculos editados em vida pelo autor, livros publicados postumamente” e livros da sua biblioteca pessoal, numa parceria com a Casa Fernando Pessoa.
A cerimónia privada contou com a participação da fadista Carminho, que interpretou duas músicas ligadas à vida e obra de Fernando Pessoa.
Foto: Livraria Lello
