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Leiloeira do Porto quer comercializar obras de Miró

Leiloeira do Porto quer comercializar obras de Miró
Benefício para a economia nacional é o argumento invocado pela galeria de arte e leiloeira P55 para a comercialização das obras do pintor espanhol.

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As obras de Joan Miró, na posse do Estado desde a nacionalização do BPN, têm um interessado na sua comercialização – a galeria e leiloeira P55, que considera que deve ser uma empresa portuguesa a fazer a transação, o que representaria um benefício para a economia nacional. “Temos clientes interessados na compra das peças e achamos, antes de mais, que elas devem ser comercializadas por uma empresa portuguesa que ajude a economia nacional”, explicou Aníbal Pinto de Faria, presidente executivo da leiloeira portuense, salientando que é uma obrigação “tentar que [as peças] fiquem em nome de portugueses, que os compradores sejam portugueses e que possam um dia ser expostas aos portugueses”. O responsável da leiloeira do Porto reconhece só ter tido conhecimento do negócio que envolvia a venda das 85 peças, que iria ter lugar na galeria Christie’s, em Londres, através da comunicação social, admitindo que ainda não teve qualquer contacto com uma instituição pública acerca da transação. Aníbal Pinto de Faria salientou, ainda, que a P55 está também interessada na aquisição de algumas das obras no sentido de as comercializar, encontrando-se a analisar, quais as que representariam uma maior oportunidade. Recorde-se que na quarta-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que o Governo pretendia vender “a curto prazo” as obras de Miró provenientes do Banco Português de Negócios (BPN) e responsabilizou a leiloeira Christie’s pela gestão deste processo, incluindo a saída dos quadros de Portugal. Na terça-feira, a Christie’s cancelou a venda dos 85 quadros de Miró, tendo afirmado em comunicado que a decisão resulta “da disputa nos tribunais portugueses”, na qual “não é parte interessada”. “Apesar de a providência cautelar não ter sido aprovada, as incertezas jurídicas criadas por esta disputa em curso significam que não podemos oferecer as obras para venda de forma segura”, lê-se, ainda, no comunicado. Antes, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa tinha rejeitado a providência cautelar, apresentada pelo Ministério Público, no sentido de suspender a venda das obras de Miro, marcada para terça-feira.

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