“Queremos manifestar a nossa mais profunda discordância e repúdio pela forma insustentada e pouco responsável como os CTT encerram a estação de correios do Ferreira Borges”, afirmou a presidente da junta, Carmen Navarro. Em declarações à Lusa, a responsável informou ter enviado, no passado dia 19, uma carta à administração dos CTT apelando à suspensão do processo de encerramento até “uma melhor avaliação dos prejuízos que esta decisão vai causar no Centro Histórico”, acrescentando que, até agora, não obteve resposta. Para a autarca, o funcionamento daquela estação de correios é essencial numa freguesia em que a sua população é na maioria reformada, idosa e com mobilidade reduzida, que paga algumas das suas contas e recebe as suas pensões através dos correios. “As estações dos CTT mais próximas (do Município e da Batalha) situam-se a cerca de um quilómetro e meio de distância, num percurso sempre a subir”, lembrou.
Carmen Navarro informou ainda que a junta sugeriu a criação de um posto de correios na sua sede, mas a administração da empresa não aceitou a proposta. “Vamos aguardar uma resposta à carta que enviámos recentemente. Caso o processo não seja suspenso, iremos decidir o que fazer em conjunto com a população”, sublinhou.
Contactada pela Lusa, fonte oficial dos CTT explicou que, tendo em conta “a densidade de balcões dentro da cidade”, a transferência do serviço postal das lojas de S. Nicolau, Lordelo do Ouro e São Roque para as restantes 26 lojas “terá um impacto nulo na qualidade do serviço prestado”. O encerramento da loja de S. Nicolau está previsto para “o final de maio ou início de junho”.
