Na estreia do Municipal de Arouca em jogos do escalão principal, o FC Porto cumpriu o seu 50.º jogo seguido no campeonato sem perder e sai da sétima jornada no comando, precisamente antes de receber o Sporting, na próxima ronda. Tricampeões e “leões” chegam ao “clássico” no Dragão separados por dois pontos. “Não foi um jogo fácil. Um jogo muito físico, muitas segundas bolas. O Arouca obrigou-nos a ser mais agressivos na segunda parte”, afirmou, no final, o treinador Paulo Fonseca, que chamou a atenção para o “campo pesado”. “Foi uma vitória justa. Na segunda parte fomos melhor do que na primeira e fizemos mais que suficiente para vencer este jogo. E penso que o golo do Arouca é totalmente imerecido para a minha equipa”, disse ainda.
Depois da derrota na Liga dos Campeões com o Atlético de Madrid, coube ao avançado colombiano Jackson Martinez começar a definir o rumo da partida com um golo aos 12 minutos, dose que repetiu aos 74, antes de Pintassilgo reduzir, aos 90, e Quintero repor a vantagem nas compensações (90+2).
Num jogo em que Paulo Fonseca proporcionou a estreia no “onze” do FC Porto ao trinco mexicano Herrera [Defour ficou no banco], Lucho deu o primeiro sinal de perigo dos visitantes, mas foi Jackson a concretizar, num frente-a-frente com Cássio, após um slalom e assistência de Alex Sandro.
Até ao intervalo, os “dragões” não voltaram a criar oportunidades flagrantes de golo, mas à passagem da meia hora, Balliu teve de intervir no momento exacto na área arouquense, para evitar que Lucho pudesse ameaçar de novo a baliza de Cássio. Em vantagem, o FC Porto instalou-se no meio campo do Arouca, que tentava dar réplica, mas nem os livres batidos por Bruno Amaro levaram perigo à baliza de Helton. O FC Porto entrou a controlar a segunda parte. Pedro Emanuel mexeu na equipa e adaptou Pintassilgo a lateral direito, com a saída de Dias, mas não foi feliz na escolha, já que foi precisamente por esse lado que Otamendi entrou na defensiva arouquense e serviu Jackson para o segundo golo (74 minutos). O sétimo golo do colombiano no campeonato – um aperitivo para o duelo com o compatriota Montero (Sporting), líder dos marcadores (9), no “clássico” da próxima jornada – deixou o jogo praticamente sentenciado, embora a equipa de Pedro Emanuel não tenha baixado os braços.
Aliás, o treinador do Arouca foi expulso (84) por protestar um amarelo mostrado a Bruno Amaro e já não estava no banco para ver Pintassilgo marcar o golo de honra da sua equipa, de livre directo, em cima do minuto 90. Ainda sobravam três minutos de compensação para o Arouca tentar o empate, mas foi o FC Porto, também num livre cobrado por Quintero, a fechar o marcador (90+2).