O treinador do FC Porto, Luís Castro, apostou num onze sem surpresas para a receção de quinta-feira, ao Nápoles, na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. O recém-chegado técnico dos «dragões» apenas surpreendeu ao excluir Josué dos convocados. O FC Porto ainda não tinha vencido esta época no Dragão em jogos europeus, uma tendência que os tricampeões nacionais inverteram no jogo de ontem e que deu vantagem à formação de Luís Castro para a segunda mão da eliminatória, que se disputa no dia 20 de março em Nápoles, no estádio San Paolo.
A equipa do FC Porto entrou em campo com o habitual 4-3-3, enquanto que a formação italiana apareceu no Dragão a jogar em 4-2-3-1, com o seu jogador mais temível, Higuaín, a posicionar-se entre os centrais portistas sempre à espera de um erro da equipa da casa. O Nápoles entrou em jogo bem organizado mas com uma postura bastante conservadora na partida. E isso permitiu à equipa de Luís Castro ditar o ritmo da partida desde o início. O primeiro sinal de golo surgiu aos 12 minutos, com Carlos Eduardo a arrancar pelo centro do campo, progressivamente descaindo para direita, para depois centrar para a área, onde Jackson Martínez ganhou o duelo com a defesa do Nápoles e rematou de primeira. Logo a seguir, Reina, guarda-redes da formação italiana, levou a melhor, evitando o primeiro golo do FC Porto.
Com o FC Porto sempre melhor em jogo, 8 minutos depois, Defour usou a sua meia distância para testar Reina, que parou o remate do belga com uma defesa incompleta. O lance acabaria por continuar com a bola a terminar dentro da baliza do guardião espanhol, num cabeceamento de Carlos Eduardo, mas o médio portista foi apanhado em fora de jogo pelo árbitro da partida Pavel Kralovec.
Durante a primeira parte, a equipa Luís Castro anulou sem grande dificuldade a formação visitante, mas não conseguiu traduzir essa vantagem em mais oportunidades de golo. Na segunda parte, o Nápoles surgiu mais perigoso em jogo, com uma posição em campo mais pressionante. No entanto, logo no primeiro minuto, com um remate a cerca de 30 metros da baliza dos italianos, Fernando esteve perto de inaugurar o marcador do jogo. Reina estava atento e desviou a bola para canto. Aos 50 minutos, Ricardo Quaresma rematou ao lado, depois de ter elaborado uma iniciativa individual.
Depois, veio a resposta da armada italiana, primeiro por Higuaín, que ficou muito perto do golo, depois de uma distração da defesa portista, que Callejón aproveitou, para depois assistir o número 9 do Nápoles. No minuto seguinte, de canto, o Nápoles esteve novamente perto de estrear o marcador no Dragão, com Helton a salvar a equipa da casa.
Higuaín esteve, novamente, perto de marcar, depois de aproveitar um erro de Mangala, mas Helton voltou a ser crucial para a sua equipa. Aos 57 minutos, Jackson Martínez resolveu da melhor forma um mau alívio do Nápoles, num canto a favor do FC Porto, e rematou para o fundo da baliza de Reina, colocando o FC Porto a vencer 1-0.
Quintero foi a jogo aos 67 minutos, entrando para a posição de Carlos Eduardo. Três minutos depois Varela deu lugar a Ghilas.
Aos 82 minutos, o jogo voltou a aquecer numa jogada de ataque bastante confusa por parte do FC Porto e que terminou na pequena área com Quintero a enviar a bola ao poste da baliza do Nápoles. Na resposta, a turma napolitana quase empatava por Zapata, mas Maicon evitou o golo em cima da linha da baliza de Helton. Com este resultado, o FC Porto parte com uma vantagem magra para a segunda parte da eliminatória, mas deixa sinais de que a passagem aos quartos-de-final pode estar próxima.
