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Já foram operados os primeiros doentes com auxilio de robot no Porto

Já foram operados os primeiros doentes com auxilio de robot no Porto

Esta quarta-feira foram feitas as primeiras cirurgias a prótese do joelho, com auxilio de robot, no Hospital de Santo António, no Porto. O objetivo da inovação, considerada “um perfeccionismo jamais visto em medicina”, é melhorar os resultados clínicos e a “satisfação dos doentes” assim como diminuir o tempo de internamento.

“A cirurgia continua a ser feita por cirurgiões. O robot ajuda a preparar os ósseos [fémur e tíbia] para a implantação da prótese nova (…). O robot permite um maior rigor técnico, um preciosismo e perfeccionismo jamais visto em medicina. O robot permite personalizar a prótese para aquele doente”, esclarece António Oliveira, diretor do serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdST), em declarações à agência Lusa, citado pelo Porto Canal.

Está previsto que o robot, cujo braço roda 360 graus, “aumente a segurança da cirurgia, uma vez que este imobiliza se os olhos do cirurgião não estiverem no campo cirúrgico”.

Os primeiros doentes a serem operados têm 76 e 73 anos e o diretor de ortopedia estima que, nas cerca de 500 cirurgias a próteses do joelho realizadas no Hospital Santo António, 80% serão assistidas por robot. Este é o quarto robot do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o segundo deste hospital, podendo vir a ser, no futuro, “utilizado em cirurgia tumoral óssea e cirurgia da coluna vertebral”.

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Nas palavras de Manuel Pizarro, ministro da Saúde, que visitou os profissionais envolvidos e os doentes após a cirurgia, a data ficou marcada como “um grande dia para o SNS, um dia de progresso tecnológico”.

“Isto não é ficção científica. É um robot cirúrgico que tem vantagens para os cirurgiões porque é mais ergonómico. Precisaremos dos cirurgiões e dos ortopedistas que tomam as decisões. Mas temos um instrumento que facilita a vida das pessoas que estão a operar e facilita a vida dos doentes que têm uma recuperação mais rápida e um pós-operatório mais tranquilo”, acrescenta Manuel Pizarro, avançando que se prevê o alargamento da iniciativa “a outros hospitais públicos”.

A cirurgia com auxilio de robot é uma prática que existe há 20 anos e estima-se que existam “cerca de 6.000 robots cirúrgicos no mundo inteiro”.

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