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Iodo em Portugal

Iodo em Portugal
Estudo da U. Porto revela que crianças da região do Norte têm falta de iodo

Os resultados de um estudo levado a cabo por um grupo de investigadores da Universidade do Porto (U. Porto), apresentado esta quarta-feira na Reitoria da instituição, revelaram que mais de 30% das crianças da região Norte do país têm carência de iodo.

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Os dados do estudo IoGeneration mostraram que 31% da população (825 crianças) avaliada apresentou falta de iodo, enquanto 24% tinham níveis acima dos recomendados ou mesmo excessivos. Apenas 45% das crianças avaliadas apresentaram níveis de iodo adequados.

Os resultados da amostra foram divididos por crianças de primeiro e segundo ciclo, ficando demonstrado que as crianças mais velhas são as que apresentam maiores níveis de carência de iodo. O número de alunos do segundo ciclo que mostram falta de iodo é de 48% contra 24% de alunos que se encontra a frequentar o primeiro ciclo.
Esta diferença percentual nas idades dos alunos não é explicada, mas é questionado se a diferença nos hábitos alimentares de crianças de seis e doze anos é assim tão visível.
iodoDe relembrar que o iodo é fundamental para o normal funcionamento do organismo humano. A carência desta substância pode causar graves problemas de saúde, como é o caso de atrasos no crescimento, no desenvolvimento cognitivo ou problemas de tiróide. Em casos mais graves pode até causar doenças como o bócio.
No entanto, os resultados do estudo também feito ao impacto desta substância no desempenho cognitivo das crianças mostraram que a relação entre os níveis de iodo e a capacidade intelectual nas crianças não é significativa.
A nível demográfico, Marco de Canaveses e Amarante foram os concelhos onde se registaram mais problemas, com 44,31% e 37,01% de insuficiência de iodo, respetivamente. Com valores de iodo acima do recomendado ou até excessivo, encontram-se os concelhos de Mondim de Basto (34,78%), Felgueiras (30,56%) e Ribeira de Pena (25,38%).
“Há que trabalhar a montante pois não podemos apenas ser reativos”, afirmou Rui Lima, da Direção-Geral da Educação (DGE). O nutricionista envolvido em diversos programas de saúde escolar afirmou que a DGE está “muito focada em transformar escolas em escolas saudáveis”.
reitoria_upNo debate da tarde, subordinado ao tema “Suplementação com iodo em Portugal”, participaram ainda representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS), Direção-Geral da Saúde (DGS), Direção-Geral da Educação (DGE), Direção Regional da Saúde dos Açores, Ordem dos Nutricionistas, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Federação das Industrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) e da restauração coletiva.
De recordar que uma criança precisa, em média, cerca de 90 a 150 microgramas diárias da substância, dependendo da sua idade. Há já vários países que desenvolveram programas alimentares para suplementar o iodo. Em Portugal os dados relativos ao iodo são “escassos e dispersos”, acrescentaram os investigadores.
Text: Raquel Andrade Bastos
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