Investigadores das universidades do Porto e do Minho vão receber, no próximo dia 18, na cidade do Porto, o Prémio Grünenthal Dor, o galardão de mais alto valor distribuído em Portugal no âmbito da investigação da dor. Estas distinções contemplam um valor total de 15 mil euros, igualmente distribuídos pelo Prémio de Investigação Básica e pelo Prémio de Investigação Clínica.
Avaliado em 7500 euros, o Prémio de Investigação Básica foi atribuído ao trabalho “Hipoalgesia congénita provoca diminuição da ansiedade e melhoria da aprendizagem”, da autoria de Clara Monteiro, Hélder Cruz, Mariana Matos, Margarida Dourado, Deolinda Lima e Vasco Galhardo, da Faculdade de Medicina do Porto e do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC). Tal como explicou Clara Monteiro, investigadora principal, o trabalho permitiu descobrir que “uma experiência de vida com reduzidos níveis de dor pode ter efeitos comportamentais benéficos”. “No futuro, este estudo poderá contribuir para uma melhor compreensão dos efeitos das patologias dolorosas sobre o equilíbrio funcional do cérebro”.
Por sua vez, o galardão do Prémio de Investigação Clínica, também de 7500 euros, foi atribuído ao trabalho “Preditores pré e pós-cirúrgicos da administração de analgesia de resgate após histerectomia”, da autoria de Patrícia Pinto, Vera Soares e Armando Almeida, da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. “Esta investigação teve como objetivo identificar que fatores pré e pós-cirúrgicos clínicos e intrínsecos às pacientes, para além da intensidade de dor pós-cirúrgica, podem influenciar a decisão dos profissionais de saúde em administrar analgésicos de resgate 48 horas após a realização de uma histerectomia (retirada do útero)”, explicou Patrícia Pinto.
A cerimónia de entrega dos prémios vai decorrer no Hotel Ipanema Porto, no âmbito do 4.º Congresso Interdisciplinar de Dor promovido pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.
