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Investigadores do Porto desenvolvem tecnologia laser que identifica minerais em tempo real

Investigadores do Porto desenvolvem tecnologia laser que identifica minerais em tempo real

Um grupo de investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) desenvolveu uma tecnologia laser, baseada em inteligência artificial, que permite, em tempo real, identificar minerais e quantificá-los. O sistema desenvolvido, e protegido por um pedido de patente europeia, tem capacidade de autoaprendizagem, o que significa que, mediante novos dados a tecnologia vai aprendendo qual o novo comportamento a adquirir, indica o comunicado enviado à VIVA!.

A equipa criou um protótipo no contexto de um projeto europeu de exploração de minas abandonadas, que poderá ter várias aplicações em diversos setores de atividade, desde ambiente, agricultura, saúde, herança cultural, entre outros. “Esta técnica permite pulverizar a amostra de minerais colocada no laser, gerando um plasma que, quando arrefece, emite as riscas de energia específicas de cada elemento”, lê-se na nota, que acrescenta, ainda, ser “a partir desses dados que o sistema de inteligência artificial percebe qual o elemento a identificar e qual a respetiva quantidade”.

Pedro Jorge, investigador do Centro de Fotónica Aplicada (CAP) do INESC TEC e um dos inventores desta tecnologia que, inclusive, já tem um pedido de patente europeia submetido garante que “um só elemento pode ter centenas de riscas de energia e uma matéria prima pode ter milhares”. Desta forma, “perceber as riscas de energia de cada elemento é, no fundo, ter acesso a uma espécie de impressão digital do elemento”.

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De acordo com os investigadores, esta tecnologia é “mais rápida” do que os processos existentes atualmente, que obrigam a que as amostras sejam enviadas para um laboratório. Outra das vantagens, dizem, está relacionada com os erros que os dispositivos portáteis apresentam e que o SMART LIBS – nome dado à tecnologia – não tem, uma vez que, sendo um método de inteligência artificial transparente, explica ao utilizador humano que informação está a usar para identificar e quantificar o composto químico em análise.

Um dos testes de validação deste sistema laser decorreu numa mina em Inglaterra quando alguns robôs autónomos para exploração de minas desenvolvidos pelo INESC TEC trouxeram à superfície minerais que os geólogos não conseguiam identificar. “O sistema analisou com sucesso várias amostras, em tempo real, identificando os materiais e quantificando os seus elementos”, revela Pedro Jorge. Além da aplicação a diferentes setores de atividade, esta solução vai permitir no contexto específico da mineração “aproveitar materiais, poupar recursos e diminuir o impacto ambiental”.

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