No 1º trimestre de 2019, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1 011 €/m2, um aumento de 6,4% face ao mesmo período do ano anterior. Lisboa é a cidade do país que regista os preços mais elevados, mas foi no Porto e na Amadora que se registaram os aumentos de preços mais elevados no arranque do ano.
Os dados foram publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No primeiro trimestre verificou-se um preço mediano superior à média nacional (1 011 €/m2) em 46 municípios, com destaque para o Algarve (1 562 €/m2) e para a Área Metropolitana de Lisboa (1 355 €/m2).
O município de Lisboa (3 111 €/m2) registou o preço mediano de vendas de habitação mais elevado do país e, com valores, acima de 1 500 €/m2 destacaram-se ainda Cascais (2 389 €/m2), Oeiras (2 062 €/m2), Loulé (1 983 €/m2), Lagos (1 800 €/m2), Albufeira (1 761 €/m2), Porto (1 682 €/m2), Tavira (1 669 €/m2), Odivelas (1 563 €/m2), Lagoa (1 544 €/m2), Funchal (1 542 €/m2) e Vila Real de Santo António (1 534 €/m2).
Os preços aumentaram em todas as cidades do país com mais de 100 mil habitantes. Mas foi na Amadora (+22,7%) e no Porto (+22,0%) que se registaram os aumentos de preços mais elevados no arranque do ano.
Lisboa (+20,5%), Braga (+18,2%), Vila Nova de Gaia (+14,7%) e Funchal (+9,8%) registaram também taxas de crescimento homólogas superiores ao valor nacional (+6,4%) e a cidade de Coimbra registou o menor crescimento relativo (+0,8%).
No 1º trimestre de 2019, pela primeira vez desde o 1º trimestre de 2016, os valores medianos de venda registados na cidade de Lisboa foram superiores a 3 000 €/m2, nas quatro tipologias do alojamento – T0 ou T1, T2, T3 e T4 ou superior.
Aliás, três das 24 freguesias de Lisboa registaram preços medianos de venda de alojamentos superiores a 4 000 €/m2: Santo António (4 742 €/m2) – que inclui a Avenida da Liberdade e áreas adjacentes –, Santa Maria Maior (4 451 €/m2) – que inclui a área do Castelo e Baixa/Chiado –, Misericórdia (4 288 €/m2) – que inclui a área do Bairro Alto e do Cais do Sodré.
No entanto, a maior diferença entre os valores medianos nas quatro classes de tipologia do alojamento registou-se no Porto, entre as tipologias T0 ou T1 (1 973 €/m2) e T4 ou superior (1 479 €/m2).
A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde registou o preço mediano mais elevado (2 324 €/m2), entre as sete freguesias da cidade. A União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, a União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos e a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde destacaram-se entre as sete freguesias por apresentarem, simultaneamente, um preço mediano (1 975 €/m2, 1 928 €/m2 e 2 324 €/m2, respetivamente) acima do valor da cidade do Porto (1 682 €/m2) e uma taxa de variação homóloga (+20,7%, +20,4% e +13,3%, respetivamente) inferior à verificada na cidade (+22,0%).
“A freguesia de Paranhos registou, simultaneamente, um preço mediano de alojamentos vendidos (1 424 €/m2) e uma variação homóloga (+12,1%) inferiores aos valores verificados na cidade do Porto”, refere o documento do INE.
Já as freguesias do Bonfim, Campanhã e Ramalde registaram, no 1º trimestre de 2019, um preço mediano de alojamentos vendidos (1 654 €/m2, 1 108 €/m2 e 1 565 €/m2, respetivamente) inferior ao da cidade do Porto mas as taxas de variação, face ao período homólogo, foram superiores às registadas na cidade (+47,5%, +38,3% e +25,3%, respetivamente).
“No período em análise, a freguesia da Campanhã registou o menor preço mediano de alojamentos vendidos (1 108 €/m2), e a freguesia do Bonfim destacou-se por apresentar a maior taxa de variação face ao período homólogo (+47,5%)”, conclui o relatório do INE.