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Indisciplina nas salas de aula aumentou

Os professores do ensino básico consideram que a indisciplina está a aumentar nas escolas, havendo situações em que perdem metade da aula a resolver problemas, segundo revela um estudo elaborado a nível nacional.

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Em dois meses, cerca de 1.500 docentes do 1.º ao 9.º ano responderam aos questionários do estudo sobre “Indisciplina em sala de aula no ensino básico”, que está a ser desenvolvido pela Universidade do Minho (UM). De acordo com João Lopes, docente do Instituto de Educação e Psicologia da UM e responsável pelo trabalho, a análise ainda não terminou, mas “já é possível perceber tendências sobre a perceção que os professores têm sobre indisciplina”. Mais de oito em cada dez professores inquiridos (84%) consideram que a indisciplina aumentou nos últimos cinco anos. Apenas 2,5% entende que a situação dentro da sala de aula está melhor e 11% acha que a situação se mantem inalterada. Segundo o responsável, ainda que os problemas apontados não sejam os mais graves – utilização de aparelhos eletrónicos durante a aula e falar com o colega do lado, por exemplo – as atitudes perturbadoras obrigam muitas vezes a interromper a aula: um em cada quatro docentes (23%) perde 10% do tempo com problemas de indisciplina. Depois, outros 314 professores disseram gastar entre 20 a 30% da aula e 6% fica com menos de metade do tempo para dar matéria. Sete professores admitiram mesmo que perdem entre 80 a 90% com o mau comportamento dos seus alunos. Os inquiridos consideram que a culpa da indisciplina dentro da sala de aula é, essencialmente, dos pais (39%), das políticas educativas governamentais (37%) e dos alunos (34%).

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